sexta-feira, 31 de outubro de 2008


Deixo que a vida te leve

Desço as mãos que trago ao peito

Rendo-me tentando desistir de ti

Faço mil e uma mudanças

Concretizo-me cada vez mais

Crio um elo entre o meu Eu e eu

Esqueço por momentos como é doce a ilusão

Voltando ao mesmo Ser

Complemento meus erros

Faço planos concretos

Concretizo-me assim

Revolto a vida que me corre ao lado

Pela primeira vez, agarro em mim

E corro com vontade de chegar mais cedo

Tudo aquilo que não é necessário que desapareça

O meu astro me guia

São todas as encruzinhadas mal caminhadas por mim

Que hoje apago.

São todas as ruas tortas que segui

Que hoje se desvanessem

São todos os sinais de encarnado que me colocas

Que se tornam cada vez mais pequenos

São todas essas pequenas mazelas que me matam

Que hoje me acordam para a vida sem demora

E depois cuidado pois não sou mais o eu antigo

Sou apenas alguém completamente novo

E a linha da vida torna-se cada vez mais minha

Nunca me coloquem correntes ou cordas

Pois nunca mais aceitarei

Caminho hoje em ruas que eu mesma criarei...