domingo, 29 de março de 2009

Lá no Palácio dos Cristais (Ilusions II 3ª Part)



Beijou cada canto do meu corpo sem esquecer um único pormenor.
Entre murmúrios e suspiros consumiram assim o desejo de ambos. Eram apenas dois seres animais a responderem da forma que sabiam à urgência do corpo, reclamavam cada centímetro um do outro, como se nenhum dos dois pudesse ter mais do que o outro, era uma troca de igualdades ali naquele chão. Lá fora o dia mostrava um sol radioso, as nuvens eram poucas e brancas, estava um céu de um azul claro radioso. Tocava a sinfonia dos corpos e o tocar das pequenas conchas convidadas para tal acontecimento frutífero. Espalhavam-se cores por toda a habitação.
Quando exaustos pela dança frenética que dançavam se deixaram cair corpo sobre corpo, apenas se ouviam as respirações ofegantes e depois delas um silencio absoluto, até as conchas pareciam respeitar tal momento pois o seu som parou… deslizavam pequenas e tímidas gotas de suor pelas peles que num cruzamento de pernas e braços se colavam caminhando juntas no percorrer de ambos os corpos.
Pedro mexeu-se cuidadosamente saindo de cima do corpo da sua amante…
“Não vás!” _ suplicava em tom de protesto.
“Não sairei daqui, anda vem tu para cima do meu corpo…”
Sem demora obedeceu à prece. Os corpos nus abraçavam-se entrelaçados desde os pés aos cabelos… cada contorno do corpo era intensificado por pequenas gotas que se iluminavam com o brilho dos cristais, parecia talhada em cristais. Pedro fechava os olhos e sorria, colocava as suas mãos nas nádegas da mulher que era a sua, ou pelo menos tinha intenções de a fazer apenas sua e só sua! Sorria, porque finalmente sabia quem era a mulher que sempre estivera na sua mente, sorria porque a busca intensa que tinha feito dentro e fora do seu país finalmente tinha frutos, e estava ali deitada a maça em cima dele. Sorria mais quando sentia ainda os espasmos do corpo que parecia ser a sua continuação, sentia os mamilos dela ainda rijos no seu peito, os cabelos finos que brincavam com os seus pequenos pelos no peito, sentia as pequenas pernas entre as suas e sorria, porque nada daquilo era um sonho. Poderia acordar e ela estaria ali, poderia fechar os olhos e também se mantinha tudo como estava. Não era uma ilusão ou um sonho dos que se desfazem a cada abir de olhos, era real, tudo aquilo era real. Também os momentos onde se amaram era real. Uma nova vontade de a ter nascia… subiu com as mãos pelo corpo dela, sentiu como este se contraia, ouviu o som do seu murmúrio, e levou-a ao prazer uma e outra vez… até que cansada caiu no sono e ele também…

Eram exactamente 3:33 da tarde quando ambos se sentiram acordados por algo, olharam-se espantados, havia algo de errado por mais doce que tudo tivesse sido… Ambos tinham o coração a bater de forma irregular, ambos sabiam que algo se passava para além do paraíso que estavam a viver.
Ele nu ela enrolada no lençol onde se tinham amado continuamente, saíram até a porta para verificar se algo tinha acontecido, dentro do Palácio tudo parecia igual. Só poderia ser fora. Caminhavam de mãos dadas até à porta… de vez enquanto olhavam-se ambos preocupados, cada um a tentar acalmar o outro…
“Ali!” _ apontava e tentava controlar a voz da melhor forma que conseguia, mas era inevitável a voz saia como um guincho de pânico.
Entre as flores e ervas, havia algo semelhante a um corpo de animal estendido no tapete verde e vermelho…
“Cuidado! Eu vou deixa! Estás nu!”
“Fica aqui, eu irei, sou o homem!”
Enquanto Pedro se aventurava para ver o animal, ela tremia com pena do animal, sabia bem antes de tudo que se tratava de um veado ainda jovem, que estava ferido, com um tiro numa das pernas, sabia também que a sua mãe tinha sido morta por um caçador. Sabia também que armas tinham sido disparadas perto da colina do Palácio dos Cristais, e sabia também que iria apresentar queixa na esquadra para que averiguassem o caso. Virou costas a Pedro e ao veado, e dirigiu-se para o quarto, tirou o lençol que tinha ao redor do corpo, vestiu a primeira coisa que surgiu no guarda vestidos, um vestido muito curto e decotado de verão, mas que serviria perfeitamente, não queria perder tempo, colocou umas cuecas não importava que tipo eram apenas queria umas, desceu as escadas de caracol feitas de vários patamares de cristais, por vezes parecia que não existiam paredes nem portas, era tudo muito transparente e ao mesmo tempo com muita cor e luz. Desceu a correr para o piso de baixo, onde se encontrava a cozinha, uma pequena casa de banho e enorme sala, uma estufa enorme que usava para estudar e plantar algumas plantas, haviam mais divisões mas só usava as que necessitava. Antes de descer tinha agarrado nas calças de Pedro e na camisa branca com listas azuis claras, deixou as peças de roupa numa cadeira, e com o passo acelerado entrou na estufa. Tinha para além de muitas coisas a capacidade de usar ervas que juntava com outras ervas, mel, especiarias e cremes neutros transformando todos eles em utensílios aptos para qualquer tipo de aflição, tal dom provinha de uma bisavó que nunca chegara a conhecer mas estava na linhagem saltou efectivamente duas gerações até chegar às mãos dela, que sem o saber usava discretamente, ali no Palácio tinha-se dado ao luxo de estudar as plantas raras que por ali existiam, pesquisado pela internet quase todas, se bem que haviam umas indecifráveis até para ela que as conhecia pelo olfacto e tacto, a Sr.ª Omisha tinha também ela sido de grande ajuda em descobrir novas formas e conhecimentos que só os mais antigos possuíam… Sabia que tinha algures as ervas certas para fazer uma pomada curativa para o veado, colocou um taxo pequeno ao lume, dentro colocou três colheres de sopa cheias de mel, cinco gotas de limão, alfazema q.b., mexeu tudo, fechou os olhos por meros segundos e colocou jasmim na mistura, depois colocou um bálsamo branco que também misturou, menta, eucalipto, e tudo aquilo formou uma papa de uma cor meio verde meio lilás, à medida que ia mexendo ia ficando mais escura até que atingiu uma cor roxa. Saiu da estufa apresada e correu até encontrar Pedro coberto em sangue…

quarta-feira, 25 de março de 2009

Remexo passado _ very savage darren garden



Remexendo o passado mas com um smile!

Still know but no longer inside...




One of an awaken dream came true... for that mather...
I saw it before it happends...
And believe me it did.




Just found it....





better

BRAVO




The last... and painful

Pequeno tributo a Dave Mathews Band

Dave Mathews
and the band
:-)
apaixonante
não é que seja brutalmente diferente ou inigmático, mas sempre que oiço amo, e sempre que oiçi reclamo mais.
acompanhou uma parte da minha vida (pequena que seja) e fiquei fascinada pela simplicidade deste homem, que é um artista incrivel, pouco conhecido talvez entre as odes mais publicas, mas acredite quem quiser tem um som magnifico, letras bem estruturadas ricas, e uma simplicidade incrivel, e depois acho-o simplesmente um génio por me cativar o ouvido, coisinha dificil de se fazer, é que não há uma que eu diga não gosto, adoro todas à minha forma... tem uma voz que apesar de não ser uma voz com várias tonalidades como gosto, tem algo que me mantem cativamente à espera de novas notas.
acho-o genial por tudo.
Dave God can only be there... For i follow it on every note the soul rings...
:-)


desde todas ficariam bem
porque todas sao bem

Deixo-me levar pelas pautas

Para quem me conhece sabe que nunca fui apreciadora desta cantora, por vários motivos. Mas confesso gosto desta música. Seja ela cantada por ela ou outra pessoa.
Embalo-me hoje...




*** *** ***

Já o que se segue... AMO





gosto de ambas de que forma for...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Aborto com Lei pouco credivel

Atrevo-me a dizer que de nada servem algumas alterações na sociedade.
Atrevo-me mais ainda a dizer que por vezes as burocracias tornam um acto impróprio ser o mais correcto.
Atrevo-me a ir mais longe, tudo não passa de uma fantochada política para arrecadar votos.
Atrevo-me a dizer que o presente não justificou nada.
E agora explico todo o meu atrevimento, em mais uma vez apontar o dedo crítico ao ridículo que somos mais uma vez, como humanos.
Antes de mais, devo anunciar que sou CONTRA o aborto, que em determinados casos reflectindo no assunto e na situação sou capaz de tolerar tal acto, saliento também que quem o faça nada tenho contra, são opções de vida das quais claro está a mim pessoalmente seria uma opção complexa, que se por um lado por vezes certas situações me pudessem levar a pensar nessa solução (Ex violações, mal formação do feto, etc.) por vezes até nessas situações que mexem para além do físico com o psicológico e psíquico de cada uma de nós, até mesmo aí penso se conseguiria continuar viva depois de o fazer conhecendo-me como conheço obviamente duvidaria muito.
Mas o que me prende hoje aqui e agora, é o facto de nós Portugueses termos sido enganados, lobrigado, colocados numa posição que hoje aos dias que passam me parece tão hipócrita e ridícula (para não continuar com mais adjectivos irei parar), afinal de contas para quê dois referendos sobre o Aborto Legal ou Não? Para quê a perda de tempo, quer dos que votaram, quer dos que andaram a proclamar isto ou aquilo, se na realidade não é mais do que uma fraude política, ou melhor mais uma…
Pois bem, antigamente antes desta nova Lei, mulheres iam aos “tais locais” em clandestino com maiores ou menores condições e eram sujeitas a um momento mais ou menos doloroso porém ao fim de umas horas tinham a solução à qual se dirigiram aos “tais locais”. Hoje temos uma Lei, que passo a citar:
O aborto é permitido em Portugal até às dez semanas de gestação a pedido da grávida. A Lei nº 16/2007 de 17 de Abril indica que é obrigatório um período mínimo de reflexão de três dias e tem de ser garantido à mulher "a disponibilidade de acompanhamento psicológico durante o período de reflexão" e "a disponibilidade de acompanhamento por técnico de serviço social, durante o período de reflexão" quer para estabelecimentos públicos quer para clínicas particulares. A mulher tem de ser informada "das condições de efectuação, no caso concreto, da eventual interrupção voluntária da gravidez e suas consequências para a saúde da mulher" e das "condições de apoio que o Estado pode dar à prossecução da gravidez e à maternidade;". Também é obrigatório que seja providenciado "o encaminhamento para uma consulta de planeamento familiar." O período de permissão é estendido até às dezesseis semanas em caso de violação ou crime sexual (não sendo necessário que haja queixa policial), até às vinte e quatro semanas em caso de malformação do feto e ainda é permitido em qualquer momento em caso de risco para a grávida ("perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida") ou no caso de fetos inviáveis.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia_lus%C3%B3fona
A verdade é que apesar de tanto papel gasto, tanta campanha em torno do assunto, a verdade meus caros, é que a mulher é colocada numa posição bem mais severo do que a que antes se vivia, pensamos algumas de nós afinal de que serviu tanta coisa, tanto manifesto, tanto esgar de palavras, tanta atribulação, se na realidade hoje, apesar de nos ser possibilitada a acção em si do Aborto sem ser um acto contra a legislação, porém contra o bem senso é-o de facto, uma vez que a mulher para além dos três dias referidos pela Lei aprovada, tem ainda mais alguns dias, para que lhe marquem ecos, consultas, e mais consultas, levando isto por volta de uns 8 dias para que realmente aconteça aquilo que se pensava ser rápido e o menos marcante possível. Pois bem, para além dos três dias a mulher anda de um lado para o outro para que lhe expliquem o que irá ser efectuado, depois, de saber isso, tem uma serie de exames que têm que ser feitos, para além disso tem marcações que também elas têm que ser efectuadas, e nisto a mulher arrisca-se a fazer um Aborto fora do que a legislação dita, se a mulher tiver o azar de detectar a gravidez na 9º semana, poderá correr o risco de realizar um aborto fora do âmbito da lei, uma vez que com tanta burocracia e confusão, que antes se resolvia bem mais rápido, hoje pode por em causa o facto de virar de um dia para o outro um acto punido por Lei, então afinal de que serviram os referendos?
A maioria das que hoje conhecem como realmente se está a tratar o assunto, referem que no dia em que foram votar, e o seu voto foi Sim a favor do acto, não imaginaram que sendo aprovado O SIM a mulher ficasse sujeita a tanto tempo de hesitação por parte dos órgãos competentes, que neste caso se mostram o menos competente possível, colocando as mesmas em questão se não seria melhor então não ter a Lei aprovada mas o acto ser bem menos doloroso e mais rápido possível. Assim como se vive o assunto a mulher pode começar realmente a afeiçoar-se à cria e mais tarde surgirem problemas maiores como a não-aceitação do acto, ou mesmo poderá ocorrer que muitas desistam porque a burocracia é tanta que às tantas já nem vale a pena.
Ora uma vez que a mulher está convicta do que quer fazer, deveriam ajudar e não estar num impasse teatral da qual a comédia já não faz parte.
Tenham mais atenção e respeito no fim de tudo estamos a desrespeitar tudo e também a descredibilizar uma Lei, que me parece necessitar de afinações e pessoas competentes ou à altura para responderem prontamente aos pedidos das utentes.
Apenas a lamentar a falta de civismo mais uma vez e respeito para com aqueles que um dia acreditaram em algo como a justiça. Vamos repensar as éticas os códigos e as pessoas competentes a ter o máximo de atenção possível para casos delicados como este.
E não gastemos “nós” mais dinheiro para fazer referendos que se mostram depois mais tarde totalmente patéticos.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Tropega Poesia Morta

Desclassificação de vida
Onde as correntes que me prendem
São atinhos cadastrados num nada
e nun tudo tão profundo.
Miragens revoltas numa mistica de interrogações morbidas
A palavra morre antes dos lábios a saborearem
A fé perde-se nos homens
e o coração pede mais do outro mundo
Cada minuto de vida agarro o plano esmorecido
Levanto o rosto e reparo
Apenas TU, apenas TU ficas sempre...

domingo, 15 de março de 2009

Teoria da Conspiração II (Uma pequena Loucura)


Partimos da vida a cada etapa da mesma, somos meros ADN misturados uns com os outros, formando um conjunto infinito de possibilidades vastas todas elas em si mesmo, e sempre em torno da algo comum a Vida, e a possibilidade de poder com ela mudar um Mundo, seja ele qual for...
Somos um conjunto de seres ligados nem que seja por apenas um alelo o X porque ele nos une a nós mesmos no final de tudo, somos poeira, somos astros, somos um mito...

Imaginemos algo possivel de acontecer:

_ certa vez ouvi eu numa reportagem algures sobre um clá de LA (Los Angeles) no qual uma familia estava repleta de cruzamentos estranhos, que o tio podia ser mais novo que o neto, que era também seu irmão, que podia ainda ser seu avô, sendo ainda seu padrasto. Eu sei que parece estranho, mas é para uma familia deste tipo de arvore para a qual caminhamos, na qual por vezes já nem se sabe muito bem o que somos uns aos outros. Agora imaginemos como fica o nosso padrão genético está ele a ser misturado por este mundo fora, consoante as relações que todo o nosso padrão toma, ou seja, se por exemplo uma mulher der à luz uma criança de um pai, e a mesma mulher der à luz uma outra criança de um outro pai, temos aqui crianças ligadas entre si pela mãe, porém o quadro genético apenas é distinto por um dos progenitores, correcto?
Agora imaginemos que esses pais se casam ou juntam ou apenas propagam os seus genes a mais crianças, essas estarão também elas ligadas à primeira e segunda criança, ora nisto cada um de nós pode estar de alguma forma no ser sentado bem junto de nós no comboio o qual nunca vimos antes, e nada nos diz. Pode estar naquele ser que vagueia pela rua sem rumo certo, mas por vezes mais certo que o de cada um de nós. Pode estar no ser que amamos por demais, pode estar no nosso inimigo mais feroz, pode estar a mil léguas de nós, pode estar num outro hemisfério, num outro continente, num outro estado... Então será que a frase :"Somos todos irmãos" não sera plenamente divinalmente certa?
Não estaremos todos ligados por esse mesmo parametro que é o ADN? Um dia não estarão todos os melhores genes numa só civilização? A perfeita? Pode ser ou não a aquariana, tanto me faz... Mas não estaremos todos num só? Reconhecidos no outro rosto? Na outra expressão? No outro ser bem proximo de nós? Afinal o que somos? Quem somos? O que nos gera? Como nos gera? Não estaremos assim também a caminhar para a nossa extinção?
E se um dia formos um Mito como os dinaussaurios? E se um dia formos um fossil na esperança de ser resgatado?
E se um dia formos apenas e tão só uma mera ilusão divina?

:-) E se formos em vão?

sábado, 14 de março de 2009

Livros que me parecem interessantes

Fui comprar um livro.
Vi tantos interessantes que acabei por sair com 3 na mão...

_ anatomia de um sonho de Miguel Barbosa (se for interessante como penso depois direi)

_ Não Morras até ao Verão de Miguel Dias (humm ironico o titulo... logo que o ler direi algo, espero que breve...)

_ o que realmente fui para comprar apenas foi o que me sugeriu uma cliente depois de lhe pedir uma sugestão: A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón... pelo que me conta será um romance platónico com uns pormenores interessantes e diferentes de um romance mais habitual, misturando muitas coisas nesse tal amor intemporal e fora do comum...

Para quem me vai conhecendo sabe que tenho uma paixão por livros, por titulos, por palavras, para além da música que me toca em piano da alma e tenta por vezes se mostrar e noutras esconder...
Confesso que muito pouco leio do que compro, confesso que um dos sonhos é um dia ter uma biblioteca pessoal... caminho a cada mes para tal... :-) agora é mãos às obras literárias e tirar o maior e melhor partido de cada uma delas...


Ficam aqui estas três sugestões...

Relembro que dia 7 (amanhã/Hoje) estará em cena no Teatro Gil Vicente em Cascais uma revista portuguesa por um grupo de teatro amador muito conceituado na zona de Cascais, tendo já entrado em várias Mostras de Teatro Amador, e tendo até viajado até ao Canadá e outros países em tempos de grande glória do gosto por estes acontecimentos hoje tudo é mais complexo mas da mesma forma profissionalizado ao máximo. Só vendo.


Até...

Óbidos e a festa do choco





Sempre uma aventura...
Como hoje já estou muito cansada, fica apenas a nota sobre o Festival de Chocolate realizado em Óbidos todos os anos, este ano acaba já neste domingo, abre por volta das 10 da manhã e acaba à meia noite, mais coisa menos coisa.
Falarei mais amanhã por hoje apenas os lençois quentes me esperam...

Uma boa noite com sonhos incriveis...
A vida vale a pena, Sempre.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Cidadela Cascais

Moda Lisboa no Cidadela em Cascais...


Começou...

Um Olhar Sobre a Vida

Olhei para um baú repleto de coisas velhas, que já pouco me diziam.
Por vezes ouvia os seus sussuros de tão enterrados que estavam...
Sentei-me, olhei caixas e caixas, todas elas repletas de uma vida que se esqueceu...
Revirei o meu mundo, tornei-o caótico, para depois me encontrar nele, e saber o que quero.
Vi-me a mim ali, espelhada em mil e uma linhas, por mim já esquecidas. Era a minha vida a passar frente aos meus olhos, levando as lágrimas aos meus olhos a cada vez que algo em enlouquecia.
Vi rostos que já longe se encontram a olhar o meu estupefacto, vi momentos esquecidos trazidos sem receio para um presente apagado. E vi o resuscitar de mim mesma, a cada página que relia. Eram páginas e páginas da minha própria vida que parou um dia.
No final, senti-me como se nova estivesse, ali renasci.
Se um dia perdi todas as linhas que compos, se um dia o meu caminho ficou sem luz ou cor, hoje o resgato de mim mesma...
Há tanta coisa pequena numa vida que nada merece o esforço de a acabar.
Hoje quero apenas seguir o que nunca deveria ter virado costas, quero-me sentir sempre viva mesmo que o diabo da vida não goste.
Agarro no pouco que me resta e caminho, sempre. Não quero mais parar. Nem pensar em desistir.
Isso era dantes quando a minha alma se quebrava em tantas coisas mais...
Hoje quero ser para além de mim.
Quero e vou crescer da forma como sempre quis.
Agarrada cada vez mais a mim, a uma ou outra tela, a uma ou outra linha, mas em mim.
Com a certeza que por mais que me perca será por meu pé, e nunca pela desventura de um dia ter desistido de caminhar sem a fé que agora resgato de mim mesma.
Apenas quero e vou conseguir.
Valha o que valer.

Blog de Um Amigo

Hoje passei pelo blog de um amigo meu, e gostei de algumas coisas que lá vi.
Quem me dera que outras pessoas fizessem também elas assim um espaço mas pode ser que com tanta insistência algum dia tenha a sorte de conseguir com que o façam...


www.coelhodyas.blogspot.com


Aproveito e coloco aqui uma foto de um trabalho do Helder que achei belo.



Made by: Helder Dyas

quarta-feira, 11 de março de 2009

A minha mãe é a Super-Mulher!

A Minha mãe é a Spuer-Mulher!!!

Por mais que digamos que conhecemos bem, principalmente se esse alguém é um dos nossos progenitores, a verdade é que não...
Hoje, encontrava-me ainda a saborear os lençois, quando a minha mãe entra no meu Mundo, para me dizer que um milagre tinha acontecido.
Pensei logo, "Óh ceus, mais uma das dela!" _ desta vez coitada nada podia fazer. Ainda meia a dormir sem entender o porque de tamanha agitação, comecei a ouvi-la aos poucos, apesar de a mesma falar pelos cotovelos, foi então que lhe comecei a fazer perguntas uma vez que a história não me fazia nenhum sentido, pois a senhora minha mãe, ia sendo atropelada por um carro que perdeu o rumo por uma manobra mal feita de um outro veículo. O sinistro envolveu cerca de uns quatro carros, e no meio disto tudo quem estava? Ah pois é! A minha mãe _ que por agora fica conhecida cá em casa como a super_mulher...
Agora até tudo parece bastante cómico, consigo imaginar ela, pequena no meio de todos aqueles carros, tentando encontrar uma saída, diz ela que ainda pensou saltar por cima dos carros, mas... Lá achou uma outra solução; enquanto as pessoas lhe perguntavam a ela se estava bem, a senhora minha mãe, dirigia-se para a condutora que se encontrava presa pelos airbags dentro do carro, dizendo a todos que estava muito bem, mas que tinha que ir prestar socorro à tal senhora imobilizada.
Como se pode ver mesmo sem a capa de super homem ou as ceroulas, a minha mãe a super consegue ter sangue frio em alturas de caos.
O mais engraçado é ve-la a contar a cena e ao mesmo tempo parece que vive vezes sem conta a mesma coisa.
De dizer que todos ficaram bem, a senhora foi socorrida, está dorida mas passará.
A super-mãe apenas teve um pico de tensão devido a tanta adrenalina.
Ao super homem a pedra krypton fazia mal, a minha super-mãe parece ser a subida de tensão já a avisei para não dizer tal coisa aos inimigos porque num próximo ataque nunca se sabe...

Apesar de estar a levar isto tudo para a brincadeira a verdade é que temos que ter cada vez mais cuidado com tudo, e respeito pela vida, devido a uma manobra mal calculada de alguém imaturo e inexperiente na estrada poderiamos ter duas mortes...
Mais atenção, mais respeito, mais ponderação... Tanto para os que conduzem como para os peões, que por vezes também eles causam acidentes desnecessário, sim porque os culpados nem sempre são os que atrás do volante andam.

Quanto a mim hoje as minhas férias acabam, com elas começo também uma nova etapa de vida. Onde espero vir a fazer coisas que me dão vontade de erguer e viver ao contrário do que tenho vindo a fazer.
Uma dessas coisas, será um regresso à pintura. Já é tempo de o fazer, quatro anos sem o fazer já as telas se queixam, as mãos e a alma.
Outra das coisas será ir ver mais teatros, e ler... e um ou outro segredo mais...

Até...
Provavelmente amanhã...
:-)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Teatro: Gil Vicente Cascais _ "Cascais Vila D'Outrora"

Ao Palco Quem é De Palco, Para Cena Quem É De Cena

Viva o Espéctaculo!!!






Foto da entrada do Teatro Gil Vicente De Cascais (algures num site na web)


Não é por acaso que coloco aqui esta entrada. Começa dia 7 de Março nova temporada no Gil com a continuação da revista "Cascais Vila D'Outrora".
Muito honestamente não sei ainda como a peça é, uma vez que ainda (vergonhosamente) não fui ver o espectaculo. Conhecendo o grupo posso também antever um pouco do espectaculo em si, será de certo algo profissional, uma vez que apesar de amadores sempre houve disciplina, regras, e gosto a mostrar o melhor que se pode fazer, com alguns sacrificios necessários mas onde depois temos a comprovação que a palavra "amadores" é mesmo apenas uma palavra, nada tem a ver com o espirito do grupo. Criticas, danças, fados espero que pela bela voz do nosso Alexandre que nos brinda sempre com a candura da voz no seu fado, nunca lhe disse mas adoro ouvi-lo a cantar, imensa pena tenho de nunca ter tido o privilégio de partilhar o palco com ele. Força Alex! Sei também que pessoas como Beatriz e David estarão lá para dar voz a textos cómicos ou mais dramáticos mostrando como estar em cena. Adoro os dois desde já:p Porque será??? Mistério... Não posso esquecer o Quim, tem umas mãos fabulosas de onde muitas vezes saiem vestidos e sapatos magnificos, muitos teatros profissionais ficariam com saliva por ter um guarda roupa tão rico. A dança deixo com o grupo de bailado... Já vi coisas muito belas não posso esquecer nunca o "Nova York" que para mim é algo que me arrepiava, não sei se por se tratar de NY em si, ou pela melodia, a verdade é que desde que foi a cena nunca esqueci nem nunca me cansei de o ver, estava simplesmente magnifico. Nada se consegue sem esforço, sem pessoas de palco, sem luzes, sem som (apesar da bela acustica que ali se tem), sem todos os que por detrás do pano ficam, à espera da proxima deixa, seja para baixar o pano, seja para o levantar, seja para colocar um cenário, seja para levar a roupa de uma coreografia, seja para o que for, estão lá, no fundo, no escuro espaço do teatro, lá por detrás de todo o brilho, lá de onde se vêm os rostos da audiência, lá de onde por vezes a vontade de gritar "força!", "Bravo!", "Magnifico!" é maior, lá onde normalmente os olhos não alcançam lá também se sentem as gotas do suor pelo trabalho, a todos eles um grande obrigada... E depois ao próprio publico que é sempre necessário apareçam no Gil, toda esta gente vos espera... Acreditem que valerá a pena.





Dia 7 de Março pelas 21:30 Horas inicia-se então o show, a quem quiser por lá passar força...
Agradeço desde já que por favor desliguem os telemoveis por respeito aos que pisam o palco e também aos que compram o bilhete para ver o mesmo espectaculo, e por fim por respeito a vocês mesmo!
O preço do bilhete rondará sensivelmente os 7 euros se não estou errada, mas podem sempre contactar a bilheteira do teatro para mais informações e reservas de bilhetes.

(214 830 522)
http://photos1.blogger.com/x/blogger/532/2909/1600/677884/TGV_mapa.jpg
(mapa do Teatro)
BOm ESPÉcTACUlo

Pequeno Video

Até o hamster se confunde...


quinta-feira, 5 de março de 2009

Como Salvamos o Mundo (pequeno devaneio... peço desculpa)

Como salvamos o Mundo de nós mesmos?
Sem nos auto destruirmos, sem matarmos o proximo, sem enlouquecermos na tentativa de um dia ser apenas Luz a guiar os passos mais seguros de um ser Humano!
Como dar a mão a quem nos pede ajuda, se tras uma arma mortifera na outra mão?
E depois como fechar os olhos sabendo que o amanhã pode ser apenas uma conspiração para que baixemos a guarda.
EU SOU, um ser na busca de uma Luz Eterna.
Sonho que as sombras mesmo existindo, se envergonhem do seu triste ser.
AMO fervorosamente quem me criou HOMEM. AMO da mesma forma quem criou tudo o que conheço.
Não beleza maior do que a certeza que um paraíso existe.

terça-feira, 3 de março de 2009

Contrariedades Próprias do Ser



Elevo os braços, rodo sobre mim mesma...

Lá... No Palácio dos Cristais (Ilusions II -3 part)





Acordava lentamente, sem querer sair do sonho, onde me encontrava a mim, onde finalmente parava naquele nevoeiro matinal, onde tantas noites as minhas pernas se arrastavam até ver a mansão que sempre se desenhava à minha frente, e sempre aquela mão estranha me prendia e dizia “ainda não, é cedo… tem calma!” irritava-me aquela paz, aquela voz, aquela certeza, e a minha incapacidade de não chegar lá, de não chegar a casa. Eram noites de sonhos tensos, onde percorria um caminho de cimento que num piscar de olhos se transformava numa densa floresta, sem rumo, eram assim os meus sonhos, quando procurava algo que nem eu mesma sei o que era, por vezes sei que fugia de alguém, de algo, nunca se via nada, para além de arvores, folhas secas num chão de terra diferentes das que por cá existem, era como RedWoods que fica nos Estados Unidos, perto de São Francisco, era uma terra meio vermelha, mas sempre coberta de folhas e mais folhas, as arvores eram altas, tão altas que apenas os raios mais fortes atingiam o chão dando-me assim um luz para caminhar, lembro que passava horas a correr por aquelas folhagens, percorria altos e vales, uns maiores outros mais pequenos, até chegar ao vale, onde uma arvore jazia deitada, partida em duas metades, fazendo de ponte de margem a margem; e depois corria mais um pouco, passava um pequeno muro feito de pedras em formato rectangular, e no meio do nevoeiro, de sonho para sonho, aparecia então aquela casa enorme, a casa; uma alegria percorria o meu corpo, queria correr entrar ali dentro, não sei o porquê mas ali era onde me iria encontrar, mas sempre a mão de um alguém que sempre estivera ali mas eu nunca via, sempre aquele alguém me parava e dizia: “ainda não, tem calma”… Agora mais uma vez queria fechar os olhos e voltar ao sonho, que por algum motivo se tinha transformado naquela noite, já nada me parava, estava perto muito perto da porta, mas a sensação de estar a ser observada chamou-me à realidade.
Lentamente, lutando ainda para voltar ao mundo dos sonhos e fantasias, espreguiçava o corpo, tentava abrir os olhos para a claridade, mas voltava a fechar. Foi então que me lembrei, não estava só naquela manhã, o corpo quente de um outro alguém aninhava-se ao meu… Quase que solto um grito, mas contive-o, relembrei tudo da noite passada, do pequeno monologo que o meu companheiro de lençóis me tinha feito presenciar, até ao beijo, e depois nada porque as pestanas do peso do sono se fecharam e tenho a certeza que adormeci, ouvindo aquele homem falar, como era doce a voz, sensual, máscula e me fazia sentir algo estranho que ainda não tinha definição para tal efeito, mas iria descobri-lo.
Como uma gata, espreguicei-me, olhei-o nos olhos, com um meio fechado e outro meio aberto, na verdade era difícil acordar com tanta luz, tentava manter um ar serio, mas tinha acordado de bom humor, queria cantar e sorrir-lhe, mas mal conhecia o homem, iria pensar que era doida, se é que já não pensava, reuni-me de forças e tentando disfarçar a rouquidão matinal, disse num tom muito baixo “Bom dia!”. O rosto másculo, esboçou um sorriso tornando-se na obra de arte mais bela que já alguma vez vira à minha frente, era perfeito em todos os ângulos, e estava ali nos meus lençóis. Olhava-me de forma interessante. Como um lince, sem receio que lhe lesse pensamentos, sem medo, ali num desafio constante, isso fascinava-me…
Aproximou-se de mim com aquele rosto a formar um sorriso, lindo, alias magnifico, fechando os olhos lentamente, ficando eu paralisada chegou aqueles lábios carnudos e tornou a dar-me um beijo, desta vez lento, muito lento, mas um capaz de me tirar o fôlego e me colocar o corpo a tremer. Coloquei as mãos trémulas no seu peito de forma a faze-lo parar, assim que a humidade da sua boca entrou na minha esqueci qualquer possibilidade de o parar, apenas seguia calmamente os seus movimentos, o meu rosto ardia, o meu corpo tremia, e eu sei que cedia ao encanto daquele homem… Ganhava espaço em mim, eu já nada via, tudo ficava fosco, sem formas definidas…
Amparava-me com as suas mãos e braços, depositava-me novamente nos lençóis, sentia os meus cabelos cair sobre a almofada, o corpo dele caindo ligeiramente sobre o meu, a mexa de cabelo encaracolado dele caia sobre o seu rosto, fazendo-o contorcer o rosto numa careta traquina, que me fez rir; olhou-me nos olhos de uma forma tão profunda que me senti invadida por aquele lago escocês, todo ele era uma imagem de um real irreal…
“És minha! Sabes no teu íntimo, sabes que és minha!”
Os meus olhos tornavam-se enormes sempre que os arregalava. Olhava-o como se me tivesse a dizer uma barbaridade. Ele sorria. De repente começou a beijar-me o rosto com loucura, agarrou o meu rosto nas suas mãos, olhou-me e depositou então o beijo mais calmo e sensual que algum homem me tivera dado em toda a minha vida.
“Sinto que te conheço desde sempre, sinto que sempre fizeste parte de mim! Sinto-me completo, como se finalmente algo fizesse sentido. É agora que olho para ti que me vejo, entendes? Faz tudo sentido. Fazes sentido! Poderia pedir-te em casamento agora neste momento, e saberia que era o mais certo; mas não te quero pressionar, nem tão pouco assustar com tudo. Apenas te posso dizer, a tua e a minha vida vão mudar radicalmente. Se não estiveres preparada estarei aqui. Nunca te esqueças estarei sempre aqui.”
Abraçou-me, apertando o meu corpo ao dele. Sentia o bater do meu coração e o dele quase que junto, por mais tolo que fosse, era como se ambos estivessem a comunicar. Magoava-me os seios tal aperto que não havia forma de se tornar mais suave, mas ao mesmo tempo queria que me mantivesse assim durante mais tempo, tão junto que sentia todas as palpitações do seu corpo. As pernas grossas e musculadas, prendendo as minhas, os pequenos pelos fazendo cócegas na minha pele; toda a masculinidade comprimida contra o meu corpo, fazendo-me corar, sempre que um movimento o tornava mais próximo de mim, as costas largas rígidas que me mantinham ali cativa, o calor do corpo, as pequenas gotas que se formavam no seu pescoço, provocadas pela minha respiração, os braços fortes que me amparavam o peso do corpo, as mãos grandes, de finos dedos compridos, que me ardiam a pele com o seu toque, o olhar que me penetrava a alma, os lábios que encontravam os meus com uma facilidade cada vez maior, e o bater do coração no meu bater do coração. Se acabasse ali o Mundo, o meu ficaria para sempre preenchido por aquele momento.
“Estou confusa com tudo! Não sei o que pensar. Apenas sei que já te vi antes…”
“Eu sei. Onde me viste!”
A cada palavra e frase tentava limpar a garganta, que estava presa, moca, lenta, adormecida, atordoada, estava como eu, com reacções fora do normal, com vontades que nem eu mesma compreendia… Era o caos a formar-se mente mas uma paz enorme com a certeza que tudo estava no sitio certo. Era como se uma janela enorme, até podia ser uma parede daquele Palácio de Cristal, se abrisse e tudo aquilo que se procura de repente estivesse ali, sem ser preciso pagar, pedir, replicar, nada… Estava ali o tudo e o nada, era como se de repente a Terra tivesse os seus dois pólos em contacto, juntos, mas sem que isso perturbasse qualquer coisa no resto do Mundo, era tudo tão estranho e absoluto… Nada se entendia nem explicava, mas estava tudo como sempre deveria estar, era como se um plano estranho fizesse finalmente sentido…
Baixei os olhos para não encarar os dele, e não ver o seu ar de troça.
“Diz-me, onde foi que me viste?” _ Dizia-me com a voz mais suave que alguma vez ouvira num homem, pegava o meu queixo na sua mão, e colocava os olhares colados… “Amor, diz-me…?”
“Nos sonhos… E… Em algumas visões estranhas que não sei definir… Mas sei que eras tu, eras tu…”
Sem conseguir controlar uma lágrima rolou pelo meu rosto, sendo perseguida pelo dedo indicador dele, chegando aos meus lábios humedecidos pelo salgado murmúrio do choro.
“Nada entendo!” _ um pranto de dor ecoava dentro de mim, e sem o controlar deixei que se soltasse ali… Todo o meu corpo tremia as lágrimas intensificavam-se… As minhas mãos procuravam o seu corpo, de forma a ter toda a sua protecção, sentia-me uma menina que precisa do apoio dos pais para ultrapassar alguma fase da sua vida, sentia-me nua, exposta, frágil e ao mesmo tempo que não queria dar parte fraca, também não queria que ele desaparecesse, queria-o ali. Mais do que isso, precisava dele ali. Ali e bem mais do que isso, precisava dele na minha vida…
“Abraça-me! Por favor!”
“Nunca te deixarei… Minha magnólia em flor!”
Sorri, pela atribuição.
Havia à entrada da porta um ramo enorme cheio de magnólias que deitava um cheiro intenso mas bom por todo o Palácio correndo também pelo jardim.
“Quem és tu?”
“Sou aquele que te tem procurado sem achar, sou aquele que tens visto sem ver. Sou eu querida, sou o motivo de estares aqui. E tu o meu. Agora não chores, sei que te dói, eu mesmo quando olhei para ti na porta de entrada da casa da minha avó, também a mim me deu vontade de chorar, agarrar-te nos meus braços, como agora, beijar-te e fazer-te minha. Mas contive tudo isso… Não te queria assustar. Sei que é confuso…”
“Sim, é…”
“Eu sei, querida! Desculpa se de alguma forma te faço sofrer… És livre de fazer o que quiseres, no momento em que me mandes embora, sairei… Nunca mais me verás. Mas deixarei que sigas a tua vida eu seguirei a minha, de uma ou outra forma… não levarei a mal, por vezes, não é possível que aconteça ou melhor, a nossa vida molda-nos de forma diferente que depois não dá para nos englobarmos na vida de outra pessoa. Ai que confuso, o que quero dizer é que se por algum motivo me quiseres longe, assim o farei.”
“Não te quero longe, só quero entender.”
“Isso, é fácil, com a minha ajuda saberás.”
“Sabes sempre tudo?”
“Ahahahaha, sei que te vou amar a cada lufada de ar que eu e tu tivermos juntos, sei que te amarei mesmo tendo-te longe. Sei que se ficarmos juntos iremos descobrir muitas coisas, coisas que nem eu nem tu imaginamos saber, mas que fazem parte de ambos. Sei também que tu me irás amar sempre, mesmo que me mandes embora.”
“Como sabes?”
Fitou-me nos olhos fazendo com que uma vertigem entrasse pela minha espinha dorsal fazendo o corpo contrair-se. E o dele apertou o meu mais uma vez…
“Quero fazer amor contigo flor! Mas também quero que o queiras e desejes da mesma forma… Neste momento nada me prende de te ter, mas não quero que seja assim… Vou dar-te um beijo, e sair do palácio, vou até casa tomar um banho, vestir-me e depois voltarei para te levar a um sitio.”
“Que sitio?”
“Sabes, por vezes fazes beicinho como os bebés. Acho piada ao teu rosto. À forma como acordas e sorris mesmo de olhos fechados, como durante toda a noite procuras o meu corpo e te aninhas a ele. Gosto especialmente do modo desafiante como me olhas, não tens medo de mim, pois não?”
“Não! Absolutamente, não tenho motivos para te temer.”
“Ahahahaha, também gosto quando arrebitas o narizinho de forma provocante, como o fizeste agora. Não és mulher de ter medo. Mas cuidado com os teus olhos…”
“Sim… Tento ter cuidado com eles. Mas nem sempre consigo.”
“Eu sei! Também me acontece…”
“Sim, também te acontece, eu sei!”
“Sabes porquê?”

Enterrando a cabeça na almofada branca, respondia à questão.
“Flor, assim não entendo nada.”
“Então sente o que te digo.”
“Desculpa…”
Olhei-o, testei-o, confesso que queria uma prova de algo que se fermentava na minha mente, não mexi os lábios apenas o olhei fixamente. Com toda a força que tinha emiti mensagem.
“Sentirei sempre, nem precisas fazer tanto esforço.”
“Quem és tu? Que me persegue desde sempre?”
“Sou a tua metade, o teu complemento, o teu infinito amor.”
“Porquê só agora?”
“isso não sei, saberemos os dois juntos…”
Nenhuma das frases tinha sido proferida, alias o único som era o som das conchas que estavam penduradas perto da grande janela, servia de espanta espíritos, quase sempre tocava uma melodia…
Nenhum dos dois tinha movido os lábios… Olhavam-se mutuamente, como se os dois tivessem a conversar mil e uma historias, ou a combinar algo em segredo. Até um dizer algo.
“Fica aqui mais um pouco!”
“Se aqui ficar, não resistirei… E faremos amor, não quero que seja assim, tens que saber quem somos, descobrir o que eu já sei. Querida, é-me difícil deixar-te aqui, é-me mais difícil não te tomar da forma que anseio, mas tudo a seu tempo. Apenas sabe uma coisa, Amo-te desde há muitos anos, antes mesmo de termos vida, sempre te amarei… Mesmo se um dia outros braços te tiverem serei eu que no mais profundo do teu ser habitarei, assim como tu no meu.”
“Fica…”
Sorriu para mim. Despenteou-me um pouco mais o cabelo que precisava urgentemente de um trato.
“Então fazemos assim, tomas banho, enquanto preparo algo para comermos, tenho fome e tu deves ter também, depois vens comigo até casa da avó, de seguida vou mostrar-te uma pequena lembrança que te poderá ajudar. Concordas?”
“Sim.”
Dei-lhe um beijo brusco, em forma de agradecimento, saltei da cama como uma pequena tempestade, balançava o corpo esquecendo que tinha ali o estranho mais íntimo da minha vida. Peguei no roupão, e dirigi-me para a casa de banho, coloquei a agua a correr para que ficasse quente, ali a água quente demorava mais tempo, eram necessários os tubos aquecerem e só depois me atrevia a tomar banho ou duche, se fosse verão arriscaria um banho de agua fria, mas como o tempo estava frio era melhor não o fazer… assim que a água aqueceu, entrei para a banheira usufruindo de um duche quente, tinha o corpo tenso, rígido e dolorido, só agora dava conta, possivelmente do peso do corpo dele, ou então por toda a tensão das ultimas horas, tinha saído para procurar conforto e sair do Palácio e tinha encontrado ainda mais um beco onde a saída não se vislumbrava, ou pelo menos na minha mente estava fragmentada em vários pedaços sem os conseguir encaixar, coloquei o rosto por baixo do torço de agua que o simpático cano me dava, deixava que me limpasse e esperava que também a alma fosse limpa, caia em jarro morna, levei as mãos ao rosto, sentindo a suavidade da pele, peguei na luva de cor violeta e macia coloquei-lhe o gel de duche com cheiro a coco, passando-a depois por todo o corpo, de cima para baixo, deixando a pele limpa e hidratada, sem querer dava por mim a acariciar o próprio corpo, o rosto era percorrido pelos pequenos dedos, que deslizavam para o pescoço enchendo-o de espuma, desciam lentamente pelos ombros acariciando a pele preenchendo o tecido com a branca espuma, acariciavam os seis redondos e fartos, fazendo movimentos circulares, excitando-os, desciam pelos braços e subiam novamente, voltando aos seios, percorriam o corpo de cima para baixo e de baixo para cima, como se num compasso de musica, em movimentos descendentes chegavam às coxas massajando-as deliberadamente a esponja violeta passava o seu creme de bolhas pelas nádegas em movimentos circulares, fazendo com que a cada circunferência feita fossem descendo mais, caindo depois no vale do desejo… Dei por mim mergulhada em desejo. Satisfazia-me ouvindo o cantarolar do homem mais excitante que alguma vez aquele Palácio vira em toda a sua existência, satisfazia-me pensando nele, desejando ser as suas mãos a acariciar e não uma esponja violeta ou de qualquer outra cor… A água corria, o som misturava-se com o som da voz que me enlouquecia atingia um estado cataléptico de êxtase, o corpo reagia a cada toque, como se fossem as mãos dele a tocarem cada parcela de pele, as pernas cediam ao prazer, tremia, até soltar um gemido agudo que calou a voz do homem… De seguida tentando controlar as contracções calava também eu a minha boca, com medo que me ouvisse, com receio que o meu corpo não respeitasse a minha privacidade, com medo que mais um grito de puro desejo saísse por aquelas paredes e me expusessem daquela forma, tentei acalmar, mas mais um gemido saiu, pela primeira vez estava a ter um orgasmo e não o saberia conter. Que vergonha, pensava para comigo, nervosa por não saber se ele ouvira ou não. Embaraçada. Sentindo-me mais mulher que nunca. Mas sem saber como sair dali, ou se conseguiria sair…
Escorregava o corpo na banheira deixando a água cair sobre o meu corpo, nu e trémulo. Queria acalmar. Nisto, sem aviso prévio a porta abre-se, assustada olho para a imagem, do homem na sua entrada, ali mostrando toda a sua virilidade, olhando na minha direcção.
“M… m… mas…”

Sem nada dizer pegou-me nos braços, coloquei os braços em redor do seu pescoço e deixei que me levasse…
Colocou-me em cima de um lençol estendido no chão, que antes não estava ali, tomou-me o rosto nas suas mãos, beijando-o a cada centímetro. Olhou o meu corpo nu sobre o lençol, olhou-me nos olhos.
“Agora é tarde para voltar atrás.”
“Tarde?”
“Sim…”
Beijou cada canto do meu corpo sem esquecer um único pormenor.



segunda-feira, 2 de março de 2009

Se ele me amar



If for the miracle of some kind of vow made
He'll be the reason to hold my life into the earth
I'll follow your words as if they were mines
If now it's the right time to see it and find you
I will walk until my hand grabs your's
And if for a miracle all I forgotten exists
I know I'll be found in peace
For so I'll be loved for real.