segunda-feira, 23 de março de 2009

Aborto com Lei pouco credivel

Atrevo-me a dizer que de nada servem algumas alterações na sociedade.
Atrevo-me mais ainda a dizer que por vezes as burocracias tornam um acto impróprio ser o mais correcto.
Atrevo-me a ir mais longe, tudo não passa de uma fantochada política para arrecadar votos.
Atrevo-me a dizer que o presente não justificou nada.
E agora explico todo o meu atrevimento, em mais uma vez apontar o dedo crítico ao ridículo que somos mais uma vez, como humanos.
Antes de mais, devo anunciar que sou CONTRA o aborto, que em determinados casos reflectindo no assunto e na situação sou capaz de tolerar tal acto, saliento também que quem o faça nada tenho contra, são opções de vida das quais claro está a mim pessoalmente seria uma opção complexa, que se por um lado por vezes certas situações me pudessem levar a pensar nessa solução (Ex violações, mal formação do feto, etc.) por vezes até nessas situações que mexem para além do físico com o psicológico e psíquico de cada uma de nós, até mesmo aí penso se conseguiria continuar viva depois de o fazer conhecendo-me como conheço obviamente duvidaria muito.
Mas o que me prende hoje aqui e agora, é o facto de nós Portugueses termos sido enganados, lobrigado, colocados numa posição que hoje aos dias que passam me parece tão hipócrita e ridícula (para não continuar com mais adjectivos irei parar), afinal de contas para quê dois referendos sobre o Aborto Legal ou Não? Para quê a perda de tempo, quer dos que votaram, quer dos que andaram a proclamar isto ou aquilo, se na realidade não é mais do que uma fraude política, ou melhor mais uma…
Pois bem, antigamente antes desta nova Lei, mulheres iam aos “tais locais” em clandestino com maiores ou menores condições e eram sujeitas a um momento mais ou menos doloroso porém ao fim de umas horas tinham a solução à qual se dirigiram aos “tais locais”. Hoje temos uma Lei, que passo a citar:
O aborto é permitido em Portugal até às dez semanas de gestação a pedido da grávida. A Lei nº 16/2007 de 17 de Abril indica que é obrigatório um período mínimo de reflexão de três dias e tem de ser garantido à mulher "a disponibilidade de acompanhamento psicológico durante o período de reflexão" e "a disponibilidade de acompanhamento por técnico de serviço social, durante o período de reflexão" quer para estabelecimentos públicos quer para clínicas particulares. A mulher tem de ser informada "das condições de efectuação, no caso concreto, da eventual interrupção voluntária da gravidez e suas consequências para a saúde da mulher" e das "condições de apoio que o Estado pode dar à prossecução da gravidez e à maternidade;". Também é obrigatório que seja providenciado "o encaminhamento para uma consulta de planeamento familiar." O período de permissão é estendido até às dezesseis semanas em caso de violação ou crime sexual (não sendo necessário que haja queixa policial), até às vinte e quatro semanas em caso de malformação do feto e ainda é permitido em qualquer momento em caso de risco para a grávida ("perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida") ou no caso de fetos inviáveis.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia_lus%C3%B3fona
A verdade é que apesar de tanto papel gasto, tanta campanha em torno do assunto, a verdade meus caros, é que a mulher é colocada numa posição bem mais severo do que a que antes se vivia, pensamos algumas de nós afinal de que serviu tanta coisa, tanto manifesto, tanto esgar de palavras, tanta atribulação, se na realidade hoje, apesar de nos ser possibilitada a acção em si do Aborto sem ser um acto contra a legislação, porém contra o bem senso é-o de facto, uma vez que a mulher para além dos três dias referidos pela Lei aprovada, tem ainda mais alguns dias, para que lhe marquem ecos, consultas, e mais consultas, levando isto por volta de uns 8 dias para que realmente aconteça aquilo que se pensava ser rápido e o menos marcante possível. Pois bem, para além dos três dias a mulher anda de um lado para o outro para que lhe expliquem o que irá ser efectuado, depois, de saber isso, tem uma serie de exames que têm que ser feitos, para além disso tem marcações que também elas têm que ser efectuadas, e nisto a mulher arrisca-se a fazer um Aborto fora do que a legislação dita, se a mulher tiver o azar de detectar a gravidez na 9º semana, poderá correr o risco de realizar um aborto fora do âmbito da lei, uma vez que com tanta burocracia e confusão, que antes se resolvia bem mais rápido, hoje pode por em causa o facto de virar de um dia para o outro um acto punido por Lei, então afinal de que serviram os referendos?
A maioria das que hoje conhecem como realmente se está a tratar o assunto, referem que no dia em que foram votar, e o seu voto foi Sim a favor do acto, não imaginaram que sendo aprovado O SIM a mulher ficasse sujeita a tanto tempo de hesitação por parte dos órgãos competentes, que neste caso se mostram o menos competente possível, colocando as mesmas em questão se não seria melhor então não ter a Lei aprovada mas o acto ser bem menos doloroso e mais rápido possível. Assim como se vive o assunto a mulher pode começar realmente a afeiçoar-se à cria e mais tarde surgirem problemas maiores como a não-aceitação do acto, ou mesmo poderá ocorrer que muitas desistam porque a burocracia é tanta que às tantas já nem vale a pena.
Ora uma vez que a mulher está convicta do que quer fazer, deveriam ajudar e não estar num impasse teatral da qual a comédia já não faz parte.
Tenham mais atenção e respeito no fim de tudo estamos a desrespeitar tudo e também a descredibilizar uma Lei, que me parece necessitar de afinações e pessoas competentes ou à altura para responderem prontamente aos pedidos das utentes.
Apenas a lamentar a falta de civismo mais uma vez e respeito para com aqueles que um dia acreditaram em algo como a justiça. Vamos repensar as éticas os códigos e as pessoas competentes a ter o máximo de atenção possível para casos delicados como este.
E não gastemos “nós” mais dinheiro para fazer referendos que se mostram depois mais tarde totalmente patéticos.

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