terça-feira, 27 de abril de 2010

Equilibrista













Equilibrista

No cimo de uma corda certa, pronta sob tensão
Exposta ao peso do corpo que se sujeita
Equilibrista sob um céu de venenos
Se te escapa o pé, se por um mero erro teu corpo desvaneça daí…
No topo de uma corda suspensa
O teu amplo peito sustem-te numa adrenalina perigosa
Caso um mero erro aconteça
No topo de uma incerteza
No cerne de ti
Equilibrista a teus pés os sonhos
A teus pés o destino
Sob os teus dedos o destino
Uma corda que te dá um caminho sob um mundo
Equilibrista de corpo tenso
Balanças as esperanças por cima de um povo esquecido
E se por um minuto apenas parares aí no topo da corda
Por um minuto sentires o vento
Perderes noção do próprio tempo
Deixares de querer chegar ao fim
Se por um mero segundo de tempo teu
Perderes o vácuo da corda no espaço
E te perdes a ti
Equilibrista
Perde-te…



















porque me cansa tanto amar-te...porque me acho sempre no teu rosto perdida...porque não caio de vez...

Porque não quero mais...




Deixar-me ficar numa sombra sem sal, sem luz, sem vapor, sem sonho...
Caindo, ficando, deixando, perdendo o rumo...
Os meus olhos já sabem o que são lágrimas, já sabem o precurso da dor, da fé falhada...
E eu já sei, o virar de todas as esquinas, todas as esquinas agudas que causam a tal mágoa e ferida aberta ao ar...
Os meus pés já sabem, como o meu caminhar enfraquece a cada gota que some de mim...
O meu olhar o brilho já não vê...
Os meus lábios de tão secos deixam o piso seco sumindo-se no tempo...
O coração, vai murchando como um balão sem ar, sem ar, sem vida...
Não quero mais... assim caindo, lentamente caindo, fingindo, caindo, sem fé...
Sem sopro de sol, sem sopro de vida...
Tenho a mão cheia de nada... Uma presa em mim...
Merda!
(Mil vezes aos céus, mil vezes... e mais umas a mim...)
São os olhos que não esqueço... são os gestos...
Merda!
(mil vezes a mim, a mim, e aos céus...)
Que nada em mim floresce de cor...
Só a dor escorrega por dentro...
Tentação de erro... constante...
...

domingo, 11 de abril de 2010

death at the funeral

http://www.youtube.com/watch?v=RidTIIvXRM8

Para onde me levas vida...


from btegy in flixya

mais um pouco Lá no Palácio dos Cristais


_Nunca mais, amor! Agora que os teus cristais já me afogam a saudade... Aqui o meu corpo frio cai perante os teus frios seios...
Aqui amor, onde o teu corpo já não me acolhe nas estrelas, nem nas entrelinhas de uma dádiva... Assim amor, morro também mais um pouco em mim... Porque sempre foste tu, que me conduzia entre os rochedos da vila, sempre tu, amor, o meu segredo, lá no palácio dos cristais... Onde nasci em ti, e morri aqui em nós...
Nunca serei mais que uma luz lilás à tua procura na encosta azul do céu...
Amor... lá no palácio dos cristais... assim... eternamente teu o sorriso...

Padece um amor, padece em sol maior...
Adeus Pedro...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Assim amor ficando...

Aí, onde ficas sempre...
os meus braços não te enlaçam
aí, onde não existe ar
nem forma de estar
aí, onde os nossos mil pedaços caiem
por terra...
assim amor,
ficando...
menor, menor...
aí, nesse colidir de ceús
onde os meus lábios
já não acham...
aí, amor, ficando
aí amor...
ficando...
nossos olhos
apenas rancor transmitem
e vazio
aí amor...
calando os gritos...
ai amor, ficanfo
longe perdido
aí amor...
ficando
aí.
o amor perdido...