sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011



GREAT YEAR
ALL THE BEST FOR THE NEW
2011
BE FRESH UNIQUE YOURSELF HAPPY COMPLETE BE
WELCOME

La no palacio dos cristais

Doía. Pela ausência que me obrigavas a ter, sem querer que a mesma existisse. Saber que já os meus braços não sutinham o teu corpo colado ao meu. Esperei a vida por uma vida tão pequena. Cabem-me as lágrimas que não deixei cair, que ainda poucas são infindaveis. Julgo não ser capaz de um dia esquecer tamanha perda, amor.
Tudo tão rápido, tão feroz e acre. Parece que ainda ontem te vi na porta de casa da minha avó, o primeiro choque electrico de algo tão poderoso como era o nosso elo. Por falar na minha avó, que nos aproximou e esconde ainda tanto dentro dela, anda sempre de olho em mim e no nosso mais que tudo rebento, vejo-a passar a mão pelo cabelo do nosso filho, como fazia quando eu era da mesma idade que ele. E vejo como triste se sente por me ver assim, infeliz sem ti... Fazes-me falta desde o meu amanhecer ao deitar, desde a aurora ao entrar a lua, e vice-versa. Só há na vida um grande amor, tu foste o meu amor de tantas vidas e que nesta partiste tão cedo sem mim.

la no palacio dos cristais

Todas as noites, chegava o meu rosto perto do teu, sentia o abrir das narinas a respirarem o teu ar, e perdia-me no sentido mais puro de nós, amor, eram os meus lábios a marcar a pele ansiosa pelo contacto. Eras tudo num pequeno momento de caricia timida e apagada pelo teu suave respirar...
Ali, sempre um num beijo terno de saudade; ainda hoje te beijo no canto do olho que deita a lágrima, ainda hoje anseio a tua chegada que tarda... Ainda hoje amando.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

If

Oh,
I believe my soul has been capturated by yours
Oh,
If I do carry on, once more
Oh, baby
I'll fall deeply in
Oh,
I believe my soul has been capturated by the sense of yours
Oh,
If my legs stop to hold on, for once I'll fall
Oh, baby
For the last time...
Oh,
I believe it's time to hold on tigh.
Oh,
If I do try do carry on
Oh, baby
I may crave into my mind
Oh, I believe its my only last time...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

urgente

É urgente!
É urgente parar, realçar a importancia do que realmente é importante, sem que a escasez do tempo nos faça ruir na qualidade das pequenas e insignificantes coisas que por vezes são tão mais urgentes do que a urgencia em si.
É urgente, repensar as normas pelas quais caminhamos.
É ainda urgente viver com sentido da vida.
É urgente ver para além da margem gerida.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Hoje

Apenas queria chegar a casa e ter novamente as tuas mãos nas minhas, o teu aconchego no meu.
Hoje a casa fica vazia, a rua onde os nossos caminhos se dividiram impressa em mim.
As sombras que ficaram espalhadas na minha memória, falam de saudade e um amor perturbado, falam de mim e de ti.
Cada canto onde me perco no olhar, são as mesmas sombras do passado a falar.
Apenas queria chegar a casa e ter novamente os teus lábios nos meus, o teu calor no meu.
Passeio descalça sem rumo, e tu passeias por aí com o teu novo amor...
Já nada somos senão uma brisa apagada de um cheiro que já se perdeu.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vida/Morte

Era um todo nu, roto nas veias, cego nos sentidos...

Nu, nos seios maternos que se desnudavam ao vento.

Disforme visão rara e peculiar de um cego ainda sem amar,

Um corpo sem rede, manto, desorientado, sem plano...

Dormente, o corpo, a mente perdida...

O eco agudo do choro...

Como uma fome de lobo, uma sede de leopardo, uma condensação pelo cansaço...

Um seio ardido pela boca pequena...

Os rasgos de um rosto marcado pelo tempo...

Uma vida perante a morte.

Uma morte dando lugar à vida...

Era o tempo queimado assim...

No passar de constancia de certezas sem ter fim.



.

domingo, 21 de novembro de 2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

...

Assim, vagas são as mãos como apertado o peito fica...
Um dia que seja, espero-o não ser tarde.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Walk Unafraid - from R.E.M. Live



The opposite

para onde parto?



Não há caminho, que seja o meu...
As portas não abrem coisa alguma, nem o meu ser...
Janelas, trancadas, derrubadas por um tal de tempo perdido...
Correm cinzentas as linhas que me traçam a vida, e sem vida correm as mesmas...
Fé, palavra infame de mentira, já não a tenho...
Aguardo pausadamente o sol, que se fecha de madrugada...
Apenas a Lua acompanha o caminho cruzado no vazio tal...
Algures fiquei ali, esperando-o como quem espera um amante, um amor...
Algures ali parei, esperando um tal de destino, que se inventa à tal da vida.
Algures por aqui morri e não regressei...
Sei-o como quem sabe das nuvens, do sol, dos sonhos...
Sei-o tão bem...
Algures por ali, morri de dentro para fora...
Ali algures num beco sem luz...
Fiquei...


_Onde nos procuramos, se já não existimos?

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Blog

A vida cruza-se por vezes de formas inquestionaveis...

Realço aqui para quem aqui entrar, um blog de um poeta português, poeta, sim, poeta, que de poema a poema me faz ficar fã das suas linhas.
Miguel Pires Cabral

http://barbituricodaalma.blogspot.com

Obrigada por existires... bons poemas:-)

...momento...

O erotismo está nos olhos de quem vê e não no corpo de quem despe...

As mãos

Abro-as,
Mostrando as linhas que nelas se cruzam
e nelas se perdem entre si
abro-as,
ficando crente do nada
cruzamentos ambiguos
sem linhas directas ou rectas que fossem
que demonstrassem algo mais
mas nada
apenas são isso linhas
sumidas, quase desaparecidas
cruzando umas e outras estrelas
finas e algumas quase indefinidas
sumidas nas palmas
abro-as ao vento e ao nada...
Nada.

No silêncio

Cai o pano azul escuro, sob a minha cabeça repousa a pomba branca de longas asas, mas que não voa, apenas fica olhando o todo que é a vida...
Sob a minha cabeça ai o pano escuro, escondendo os segredos que guardo em mim.
Não há horizonte conhecido, apenas o desconhecido do mesmo horizonte, longo capitular de rumo sem fim...
Nos meus olhos, preso ficas sem nada nu, sem nada, só tu... Adormece o corpo cansado da espera, o coração pára como se um comboio fosse aqui por dentro passar, adormece o corpo frio...
Eram estranhos os rostos, as vozes falavam em preguiça, longe ficava o eco navegando pelas madeiras de pinho...
Por ali tudo era, um fim...
Sob a minha cabeça, apenas a pomba olhava.
Estava o odor da chuva, uma humidade confusa sem igual, estavas ali nu...
Sob a minha cabeça a pomba branca erguida...
Tudo é o que ninguém entende ser.
No fim será apenas silêncio...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

As ruas de um Algés

Passo por tudo hoje, sem ver o brilho
Até que os meus olhos se elevam do chão
e vejo o que não vejo
Passo pela mesma rua e tudo é igual
O mesmo chão, cheiro, rosto de alma descuidada
Rostos envelhecidos pelo monstro do tempo
Seres pesados,
carregados de males e bens que ninguém vê
Passo por tudo, e nada vejo
Olhos pregados ao chão
De medo, não dos outros mas de mim
DO que possa eu ver neles e em mim
São cinza as almas
que observo a cada dia de calçada
Pobres e ricos de vida sem saberem quem são
Vidas mundanas terríveis de hábitos incríveis
As que por aqui passam
Mentes já deslocadas daqui
Num outro Mundo que não este
Passo todos os dias com medo
Dos meus olhos neles
Dos segredos nos outros olhos que os meus possam ver
Passo e vejo que mesmo que passa mil anos
Nunca verei a beleza que vejo ao longe ali...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A Cor da Toalha

Como dizias_ "tudo aqui... são as tuas mãos nas minhas, assim juntas.".
Olhava-te nos olhos como quem vê o eterno por do sol no horizonte, sorria descaradamente, sabendo-te um beijo pronto a ser-me entregue na pele.
Estariam ainda juntas, hoje? Se o próprio destino não tivesse chegado cedo demais ao nosso cais!
Não esqueço, como era tudo tão quente, calmo, acolhedor e perfeito, até que tudo mudou assim de uma onda para outra...
Os graus de areia irregulares entre si, instalavam-e nos nossos pés, era como esfuliar o corpo de forma natural e barata, de vez a vez vinha um vento de norte para nos dizer que cedo viria o arrefecimento normal da noite, mas que importava, era refrescante, caminhávamos durante uma hora ou duas por aquele mesmo areal que nos beijava.
Não importava a bandeira, as pessoas, as toalhas, estávamos ali para respirar um pouco do iodo e da plenitude. Deveria ter importado a cor, naquele dia deveria ter importado a cor...
Lembras-te daquela família do menino de sardas, era lindo, tinha um rosto maroto, deixa ver se lembro, tinha, uns cabelos do mais escuro que alguma vez vi, um pele branca, agora pigmentada pelo sol apresentando já a cor de uma lagosta no tacho, uns olhos enormes verdes que se escondiam por vezes por detrás daquelas enormes pestanas negras, uns lábios carnudos vermelhos com uma língua marota num dos cantos enquanto fazia os eu castelo de areia... Brincava tão distraído e tão atento à sua obra de arte. Os seus familiares na toalha falavam entre si, só me recordo da toalha vermelha, impressionou-me a cor fazia um contraste abismal no creme da areia.
Lembro, como os teus dedos prendiam os meus e ambos os olhos se encontravam, até finalizarmos mais um e outro beijo. Lembras-te? Sei que também pensavas no mesmo, num futuro também nosso com crianças, assim que brincassem com areia e construíssem castelos e sonhos, sei que também tu sonhavas com esse sonho... Algo falhou! A cor da toalha...
Adorava o farol que o teu primo nos emprestou durante aquele nosso primeiro ano, e depois nos seguintes, uma vez por ano lá estávamos a passar férias solitários em duo, era como passar uma nova Lua de Mel, amava o que passei a odiar, o bater das ondas, o som do vento nas persianas, o cantar das gaivotas o ecoar dos barcos, até que partis-te...
Deveríamos ter tido atenção à cor! Não sei quando foi, nem como, sei que aconteceu e nada mais poderá ser feito, não te culpo...
A criança brincava com o seu balde azul e a pá verde, construindo o castelo com conchas, já tinha formas, já tinha algo de castelo, precisava do que mais? Porque precisamos sempre de mais? De mais? Estava tudo como deveria estar naquele final de tarde, porque haveria de querer mais? Creio que os maiores erros são aqueles em que nunca nos contentamos com nada, e escolhemos sempre algo mais... Para quê?
Ninguém pensou, ninguém viu, ninguém travou o castelo de crescer...
Estava um dia lindo de bandeira amarela, a criança caminhava convicta que precisava de mais um balde de agua para o seu castelo, caminhou até à beira e recolheu o seu meio litro.
Ainda me lembro, pernitas pequenas a enterrarem-se na areia molhada, a enterrarem-se, descontracção de todos... Descuido de todos... A onda veio e não esperou, levou o corpo pequeno de um menino que sonhava apenas com um castelo enorme de areia.
Desculpa, saltei sem pensar, sem pensar, saltei... Desculpa!
Procurei o menino, sei que também vieste, sem que também saltas-te, sei que também tentas-te salvar-lhe a vida...
Tudo era mais forte, toquei no corpo dele ainda mole, tentei puxar para cima, enquanto o meu corpo ia para baixo pela pressão da força da corrente, senti uma dor cortante um rasgo, ali as rochas são tantas, depois tudo o que vi sobre mim era uma mancha que crescia, depois senti a minha cabeça pesada, o meu corpo mais pesado, a vontade de ter ar, e de te ter, vi-te pelo passar da onda, estavas ali, depois amor, já nada vi a não ser um negro, acho que morri.
Nunca mais ouvi dizer_ "tudo aqui... são as tuas mãos nas minhas, assim juntas".
Queria eu o nosso tudo de novo mas aqui já poucas são as mãos quentes...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O Vinho

Rodavam os dedos
Sobre a linha de cristal
Dançavam sob si, numa valsa desigual
Gritava o som agudo do vinho nas pontas
Rodavam os dedos
No copo de vinho...

Esse tal




Que esforço é esse, de ter beijar a pele queimando os lábios.
Que sede de ti, corre pelas minhas veias e tu em silêncio ficas.
Que caminho incerto de pegadas apagadas.
É um tal de amor, um parasita, um violador.
São as imagens constantes que não vejo que me seguem.
Sem ti, o chão não faz qualquer sentido existir.
Porque, sem ti, de nada me serve caminhar.
É esse tal, do amor, esse corrupto bandido, esse traste, um verme...
Orfão, como eu o sou sem ti.
Melancolicamente, nego.
A ti e a quem for necessário.
Não, não amarei, tal ser.
Mesmo que mentindo eu esteja...
É esse tal de amor, esse ladrão de almas...
Que em mim me persegue, seguindo eu com ele e com ele sem ti.
É esse tal...

sábado, 23 de outubro de 2010

Sem o Respirar

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlaçemos as mãos).

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para o pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente.
E sem desassossegos grandes.



Fernando Pessoa

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Decadente...

Como os dias
Decadente a alma
Sem sombra quando caminha
Desarmada em si mas em linha
Decadente no terno silêncio
Sopro de um ar abafado
Corpo inerte ao movimento
Morta a sede da verdade
Decadente num inferno de paraíso fingido
Rotas as esperanças vencidas pelo destino
Pobre de ar
Caminhante errante de uma pegada pequena
Pequena, languidez marcante
Atroz sentimento nu de vida
Decadente chama
Fusão entre as cores da bruma e a bruma em si
Pobre caminhante nu
De roubado destino
Pobre decadente nulo de vida que corre sombrio...
Já tudo o que há morreu no vazio.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A inutilidade dos papeis

Há alturas em que é necessário fazer pequenas arrumações, banais e simples, quer seja sentados numa mesa a pesquisar o que de pouco interessante existe nas nossas carteiras, quantos papeis guardamos religiosamente, que no fundo não servem para nada, mais existem, estão lá, olham-nos observam cada movimento nosso, cada abrir e fechar de fechos, fivelas e afins, e permanecem...
Consigo entender o nervosismo quando todos saltam de dentro das bolsas onde são colocados, já sabem vai ser o fim, podem até sobrar alguns, porque sobram sempre, mas vai haver uma chacina mortal para tais pedaços semi-apagados do uso, a vida desses papeis fica por minutos contrabalacada, sufoco para eles, alivio para os que eles carregam.
Hoje, aqui, lá foi mais uns quantos cortados em mil pedaços para o lixo. Reparo na quantidade que são, tenho centenas deles, mesmo centenas, sem mudar um número, centenas, deparo que na mesma semana fui duas vezes ao mesmo posto de combustível, e pergunto, mas conduzo assim tanto? Existirá algum motivo para ir aquele posto e não a outro, é que nem fica no caminho, nem há um moço giro a servir, ora será que o gasóleo é melhor ali do que nos outros lados? Pois nem eu sei, mas os talões confirmam, confirmam ainda que os papeis foram mudados, não são os mesmos, máquinas diferentes ou então uma nova mudança de sistema, a qualidade dos papeis também altera, antes mais largo mas mais fino, agora mais fino mas mais grosso, parece um melhor talão, melhor ao tacto. A verdade, nem sei porque reparo nestas coisas.
Há talões por exemplo que deveriam ser proibidos, tudo neles desaparece, e depois quando colocarmos no IRS, alguma coisa se vê? Nada, absolutamente, nada, será já compilo, uma forma de assim ser impossível ao estado aceitar como despesa? Lanço aqui assim sem querer ferir ninguém a polémica, claro que fica para mim tamanha dúvida.
Quando vamos às compras, saem normalmente dois talões enormes, um para o vendedor outro para o cliente, e às vezes ainda sai um outro que nos indica onde estamos, com logos das lojas, ah há, servirá como cartão de visita, se sim paço inteligente, poupança, boa, mas se formos sempre ao mesmo local fazer compras será desperdício, não?
Afinal, porque me estou aqui a preocupar com estas coisas? Porque, no final quando todos os pedaços de papel estão rasgados, questiono não estou eu e todos nós a gastar demais em papel, a inutilizar para nada? E depois penso que as árvores abatidas poderiam ter sido evitadas, porque na realidade apenas os papeis importantes ficam e esses são uma percentagem de mais ou menos 20% do total gasto, não podemos evitar tais coisas? Como?

Fotografia Workshop

Aos que amam fotografia e gostariam de saber um pouco mais...

http://vitorneno.blogspot.com/?ref=nf

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A crise e a falta da crise

Jogos de poder...
Há uma crise social de valores... Valores mais futeis que se elevam, e nós cruzámos os braços. Sim um bom economista, pessoas de gestão, mas com prática no assunto... IVA, cortes, substituições por máquinas, não pode nem deve ser as soluções a uma crise que apenas aumenta...
A solução está na organização de todo o dinheiro, no que realmente é importante. Parar gastos desnecessários (pc para crianças, e-oportunidades, carros de luxo, jantares, ajudas a países quando o proprio nao tem, aeroportos, tgv, estádios, etc...) onde estão as prioridades???
Onde anda um partido a-politico com garras para fazer e melhorar, sem ser denegrir a vida e as condições da mesma... Onde andamos todos, e porque andamos todos a abanar a cabeça em vez de lutar por algo melhor mais justo mais igual para todos..
Este senhor tem partido?
O País ficará nu.

sábado, 2 de outubro de 2010

Perder um filho

Contra-natura
É contra o ser perder,
Desde um jogo banal
A um jogo de vida
Luto que de dor se faz
...De lágrimas se recorda
Contra-natura
Para pai, mãe, irmãos, irmãs, avôs, avós, tios, tias
Amigos, amigas, conhecidos, desconhecidos
É contra-natura
A perda sem a luta.
É um naufrágio, onde nem uma boia de salvamento foi lançada
é um embalar de ondas
das quais não se consegue molhar um remo
para se salvar
é o abalar da consciencia
o quebrar de um espelho
é o queimar a pele
pela quantidade de choro que corre
é a perda do eu do outro
e da vontade
uma perda total que mata de saudade
um continuar ausente de ar
é o já não saber ser
sem quem parte
é ser dor, luto, até rancor
é o aceitar que não chega
e uma luta de fantasma ausente
é o amar numa distância tão longa
que de tão longa apenas se sabe que não volta...
uma continuação às cegas
uma mágoa sem tréguas...
uma espera, uma espera, uma espera
por quem já não esperamos volta
resta a saudade em todos os anos, meses, dias, horas, minutos, segundos
e até nos miléssimos
quem parte, faz tanta falta...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Silence 4-Eu não sei dizer



Silence Four



as saudades que tenho de ouvir isto...

Procissão do Destino

"The Butterfly Effect"

(Movie)


Hoje em dia fica comum ouvir falar do "Sindrome da Borboleta" "Teoria da Borboleta" etc etc etc...
Sempre desde que me lembro da minha existência, também me recordo da fragilidade que sempre me preocupou da questão VIDA/MORTE, bem sei que não será saudavel, pensar que aos quatro anos tais coisas nos preocupam, mas a verdade é que sim, preocupam, fazem e fizeram toda uma vida pensar, sem obter respostas claras, concretas, concisas em si, reais, veridicas, respostas infundaveis, respostas de certeza absoluta.
Todos nós, sabemos que é invevitavel que o fecho se dê, o que acontece depois, vai depender de toda uma vida de crenças, dogmas, cepticismos que deixamos criar, ou criamos ou ainda criam por nós e aceitamos como verdadeiros, mas ninguem contesta nem desmente (que se saiba) a morte certa de cada um.
MAs e a vida, que certezas temos sobre essa outra metade de nós, sobre esse ciclo que nos é mais claro, mas o mais absurdo de desconhecido, vejamos, a morte acontece, a vida apesar de certos é-nos inconcreta.
Levanta mais tabus, mais respostas certas e erradas, mais questões, mais dúvidas, mais receios. Cada um de nós tem um Universo em si, esse mesmo, com respostas sábias ou não aos mais pequenos detalhes do dia a dia, a forma como conduzimos a vida é intrigante, a forma como resolvemos os problemas na nossa mente é para mim um exericio cansativo mas de caminho em frente, ou seja, tentamos encontrar respostas que nos satisfaçam de forma a tolerar as contrariedades que se colocam, mas porquê, mas como se desenvolvem esses ou aqueles pensamentos, será o memso genero de pensamento reconfortante para o meu Eu como o é para o meu vizinho?
Será que existem opções de escolhas das quais podemos ter maior consciencia e usufruir futuramente de algo melhor? Será possivel voltar e escolher o que nos agrada mais? O que diz o tempo o espaço a própria vida a isto tudo?
Dizem-nos ser livres mas como? Como? Se se vive condicionado de condições alheias ao que por vezes queremos, não estará já escolhido o fecho de cada alma, de cada vida, de cada um de nós? Importará alguma coisa o caminho se o fim é igual?
O que somos então neste vasto Universo, para que servimos?

Poema

Procuro poema
no teu rosto
traços
dos dedos nascem
procuro poema
na pele do teu corpo
no respirar da tua alma
porcuro poema
num retrato teu guardado
tesouro esquecido
mapa quase apagado
procuro poema
nas descidas dos dedos
procuro poema
nas pestanas semi-erradas
procuro poema
no coração de um anjo
semi desfeito
procuro poema
no espreitar de um sorriso
procuro poema
no subir e descer do peito
procuro poema
no vulto do corpo semi
que me acompanha
procuro poema
num pecado semi feito
procuro poema
no sussurrar de um espanto
procuro poema
procuro-te assim...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Exclamação

A cada passo que me solto
sei que vais soltar uma exclamação
por desconhecimento de causa
pelos tais meandros de razão que fazemos
pela imagem errada que desenho
Sempre que uma pena minha se abrir ao Mundo
eu sei que vais exclamar nem que seja ar
eu nunca fui o que tu sonhas-te
nem tão pouco o que julgas-te ser
eu sempre fui eu
em toda a minha certeza
um dia vais tentar saber quem sou
e aí eu direi toda a verdade minha
que ainda não reconheço em mim...

meras palavras de uma sede enorme de vida...
também amo... também sinto... também sou...
um paralelo infinito...

Moda Produção Moda Produção

TOP 5


A quem precisar de promotoras...
Aqui fica...
Informações com a responsavel da agência...


http://top5hospedeiras.blogspot.com/
http://www.facebook.com/home.php?sk=lf#!/profile.php?id=100000554051250

Calçada descida


Teus pés tortos,
caminhavam
por uma rua estreita e suja
Teus tortos pés,
dançavam,
ora em bicos, ora roçados
nas pedras da calçada...

Andar inseguro
incerto no compaço
desesperado no afago bicudo
Caminhavas
já sem medo...

Teus pés tortos,
torciam-se rua acima, rua abaixo
Teus tortos pés,
deambulavam,
pedra a pedra,
e uma de cada vez...

Desamparados,
os sapatos encarnados
já desbotados
tingidos pelo sangue da tua dor...

Teus pés tortos,
moribondos de dor
caminhavam
Tortos, sofridos, queimados, feridos, magoados...
Tortos teus pés,
que numa vida inteira
subiam e desciam a ladeira da perguiça da vida...

Eras tão só,
mas tão certa de ti...
Não devias nada a ninguém
somente o respeito a ti...
Eras tão viva,
quando te deixavas penetrar
por um outro ser vádio
que usando teu corpo ponha-te, sem o saber, comer na mesa...
Eras tão sábia,
sabias exactamente como viver a tua sina
e eras tão só
nas escolhas que fazias...

Teus pés tortos
levavam-te pelas ruelas de uma cidade louca
Por uma Lisboa em ruínas
Eras tão só
andavas à procura em cada esquina
do próximo e do outro próximo
Teus tortos pés
caminhavam
por todas as calçadas
onde tu deixavas um pouco de ti
em cada beco sem saída...
e eras tão só
uma puta da vida...


ps* lamento qualquer tipo de ofensa pelo abuso das palavras...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

'The Last Song' Trailer HD

Há dias em que nada é igual

Longa a pausa, ausente o desejo de escrita, vazia a inspiração, mas há sempre um amanhã mais cheio de algo, como hoje.
As horas difíceis, em que o nosso lado prático se apaga e o outro ( o outro, que negamos um número ilimitado de vezes)prevalece, tudo deixa de ter sentido, tudo passa ao nada, a um entregar de armas, um não querer mais caminhar, por vezes, essas horas longas abarcam-se e nada importa, nem mesmo a vida ou a morte.
Há os movimentos que de tão simples acordam o sensível, reparei hoje, pelo rosto de uma criatura que passava mesmo perto de mim, imaginemos o cenário:
_ sentidos controversos de transito, filas e bichas de carros esperando a sua vez de caminhar no asfalto, reparo que um pára, para deixar passar um outro que cruza caminha num entroncamento qualquer, e vejo, deliciada o rasgar de um sorriso no rosto da criatura bondosa que deixa passar a segunda criatura; no rosto fica-lhe um sorriso de orgulho como quem diz: "já fiz a minha boa acção...", o fraco movimento de deixar passar agúem á sua frente foi-lhe como um "pin" dado na mais conceituada condecoração, ali sem medalhas, sem nomeações hierárquicas aquela criatura foi HOMEM...

morrendo amor

Que venha, mesmo que em silêncio,
a Morte
mas não adormeça o coração no seu murmurio frio
complacente a tudo
...que seja o amor a força maior
compensadora da dor da perda
que seja o mesmo que ceife a vida de quem morre
e nunca a sombra do vazio...
que seja por amor a vida e a morte
porque eterna é a vontade...

"The Lake House" movie



4:12 am
and i am falling from above
there's no time when you love...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Odiava tudo

Odiava tudo,
ali hvia tão pouco de onde colher fruta
Havia arvores secas, largadas ao nada
Pessoas conformadas com o banal
e haviam as ideias, os ideais
com os quais fui perdendo a esperança...
de resto, odiava
saudades, não haviam,
apenas uma força enorme de correr para fora
para o mundo
para o mundo, que queria descobrir,
lembro que tudo era motivo de criação
mas ninguém acompanhava
seguia, só
por uma criação tão minha
ali, odiava tudo, ou quase tudo
os rostos dos que amava
eram semblances tristes
onde a cor não renascia,
apagados, vivendo do diz que disse,
do olhar gordo,
ali, não se respirava harmonia, ou amor
ali, tentava eu roubar um sorriso, um cantar
um despertar, que nunca aconteceu...
ali, morriam, ficavam
felizes, talvez,
mas eu não, queria mais
queria mudar o mundo, o tal mundo
o tal, o tal,
que mata, aniquila, corroi, o tal
que transforma o homem
numa bosta
o tal, que eu tanto queria mudar
porque apenas o odiava sem cor,
odiava ter que viver ali
sem sonho, sem luz
passou tempo
passou sonho
ficou a certeza da morte em si
aqui, aqui, não há lugar para a vida...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Damien Rice - The Blower's Daughter



Sorrias...
Sentado naquela cadeira velha e cheia de conteúdos pelas conversas sobre ela feitas, tu, sentado, mostrand os densos olhos escuros sobre a caneca de porcelana, cheia de um líquido quente, apenas os olhos intensos saiam de tudo aquilo... Ao redor de ti, mesas e mais mesas, umas cheias de vidas, outras vazias das mesmas... E tu, sempre longe numa esfera de energia só tua. Sabia bem, ver-te assim, era mais feliz a manhã, mais cheio o dia, mais compensador todo o trabalho do dia-a-dia, era mais rico o meu sorriso, apenas porque tu existias, num simples gesto matinal...
Nunca saberei o que de ti foi feito, perdi o rasto, fiquei com o teu olhar...

Sérgio Godinho - Espalhem a Notícia




Sérgio Godinho...
Hoje entendo esta beleza...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pequeno desabafo meu --- António Feio*

Sou-te tanto, mas sou-te tão pouco...
Corres-me, eu percorro-te,
perco-me em ti, e tu a mim perdes-me.
Sou um teu tão íntimo,
e tua a minha eterna companhia no infinito...
Sou-te tanto e tu sempre tanto me és.
Inseparavelmente somos um no outro
a vida e a alma a viver...
Continuamente...



A todos os que vivem, aprendem, concretizam, e partem aos nossos olhos, ficando na memória os momentos...
Hoje_ a ti António Feio, que na luz aches o que aqui se apagou... Faz agora o que melhor fizes-te aqui... Vive... Parabéns à obra que fica. O Meu Muito Obrigado.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

CONTRALUZ EM LEIRIA

"Pessoal de LEIRIA! O CONTRALUZ vai entrar no Cinema City Leiria a partir desta Quinta-Feira dia 29! Obrigado pelos muitos pedidos. Passem palavra!" Fernando Fragata


Parece-me muito bem, aos apaixonados do cinema, parece que temos missão...
CONTRALUZ
CINEMA PORTUGUES
Vamos apoiar algo nosso nos USA, vamos mostrar que não somos assim tão pequenos...
Força...



CONTRALUZ/BACKLIGHT (EM EXIBIÇÃO)
CONTRALUZ em exibição nas salas: Almada Forum, Colombo, Vasco da Gama, Alvaláxia..., Cinecity Alegro Alfragide, Amoreiras, Cinecity Beloura, CascaiShopping, Odivelas Parque, Oeiras Parque, Coimbra Dolce Vita, Aveiro Forum, Braga Parque, Gaia Shopping, Parque Nascente, MaiaShopping, NorteShopping, Dolce Vita Porto, Dolce Vita Douro, Forum Viseu, Forum Madeira.

sábado, 24 de julho de 2010

TEATRO: A ÚLTIMA NOITE

http://www.megafm.pt/detalhe.aspx?did=5930

Parabéns a todos os intrevinientes, foi sem dúvida notável o brilhante espéctaculo com que apresentaram hoje a peça "A última noite", com encenação de Luís Lourenço, música Fernando (FF), texto David Carronha (ao qual desejo tudo de bom, e mais e mais, só tu sabes), felicito os actores: ANTÓNIO CAMELIER e JÚLIA BELARD (parabéns pela defesa de tais palavras).

Não irei falar muito mais (ou escrever) uma vez que perderia o fantastico do desconhecido, aposta mais que ganha a contar pela sala repleta de gente, parece-me que não haviam lugares vazios, parece-me... Provavelmente quanto maior for a sala maior será também a plateia...
Voltarei de certo a rever tais momentos, porque sinceramente fiquei presa ás expressões de um dia a dia de relacionamento, comportamentos, frases, momentos revividos por muitos em primeira pessoa, outros em terceira, e outros um regresso ao futuro... Ou seja, tudo aquilo é parte e faz parte de nós Homem (mulheres e homens) que lutam diariamente com a rotina, a dúvida as incertezas, os precalços, o stress, o dia a dia que pode não matar um casamento, caso as pessoas consigam ainda saber as leis pelas quais o amor se rege.

PARABÉNS MAIS UMA VEZ A TODOS OS DESTA NOVINHA ACADEMIA DE PALCOS E PALCO...
Muita.... M E R D A
:-)


david respira agora :P

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Contraluz


Santos e Pecadores : Tela

Filme: Contraluz
Fernando Fragata


Já nas salas à espera de um olhar atento... Não é uma estreia para o produtor deste filme, mas talvez seja um dos pioneiros num filme portugues rodado em terras de tio Sam (USA)...

Uma aposta a ser ganha pelos amantes do cinema, vamos lá vamos apoiar a pequenas produções de forma a um dia qui ça chegarmos tão longe como qualquer mega produção estrangeira...
O filme tem pedaços de tudo, desde o cómico, romance, ao imaginário de qualquer um de nós...

Vejam... Observem, participem...

terça-feira, 13 de julho de 2010

Frases ao sabor de uma fase de chakra

Se de todos os instrumentos, um fosse a minha alma, seria a voz de um piano de cauda... Ilumina-me em cada canto de vazio meu...Amo-te música...


Talvez um dia te ame, mas nunca te diga...

domingo, 11 de julho de 2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010

"Pedro, um dia disseste-me, que toda a tua vida tinha sido na minha espera tardia... Pedro, peço-te para me deixares partir, já é tarde o meu adeus... Vive sem o lamento da perda que em ti deixo a marca, e ama-me como sempre na espera amas-te sem sequer conhecimento ter!"



Lá no Palácio dos Cristais...

terça-feira, 29 de junho de 2010

Incondicionalmente AMANDO

Independente do AMOR / dependente do amor…
SER / …

Não sou independente do AMOR, nem serei dependente do amor!
Arrojada a impertinência da minha pessoa, mas se me deixo divagar para além do básico, sei que mais certa não poderia estar…
Assim a minha consciência me permita manter o ser que sou e tento cada vez mais SER…
Do nada nasce o discurso entre mim, e eu mesma.
Fico triste quando reparo em pormenores que no dia-a-dia não sinto a grandeza de algo maior… só em dias como os de hoje vem a minha verdade.
Confesso-me estranha na maioria das vezes, retirada de uma realidade que pelos vistos poucos a têm.
Entristeço-me, quando reparo que as pessoas não sabem muito bem ao que vêm… certo é que ninguém fundamentalmente sabe, porém se ouvirmos quem somos chegamos a algo, tenho a certeza!
Como é que podemos pensar que o nosso destino é apenas e tão só, encontrar um parceiro? Ter filhos? E tudo isso, que aliás é a sociedade que nos orienta para tal…
Não somos nós mais que isso? Não que isso, seja mau, atenção, nada de males entendidos, muito pelo contrário, é, penso eu, o sonho de muitos, e concordo com os que desses sonhos se alimentam…
Acredito plenamente, que cada um tem a sua função, mas limitarmo-nos a algo aí sim, soa mal…
Não somos apenas um Ego à procura de refugio, somos mais, o amor que possa existir entre um homem e uma mulher, a nada se compara com o amor que possa existir entre os Homens sem condicionalismos morais, raciais, políticos, económicos, o AMOR INCONDICIONAL, meus caros existe, e esse sim é a causa de existirmos…
Nenhum amor entre homem e mulher o é, incondicional, quem o julga a si se engana…

sábado, 26 de junho de 2010

Sob o Sol

Leituras
Sol
Vida


Há séculos que não lia...
Sou viciada em algumas "coisas" de qualidade. "coisas" essas que fazem bem à saúde, desde livros, cd's, dvd's, etc... Há quem brinque com a quantidade de livros que compro e com o tempo que os levo a ler, raro comprar apenas um, aliás Fnac's, Bulhosas, locais onde os livros me tratam por tu, e pedem para parar um pouco, já sei bem para o que páro, e eles também parece conhecer o que procuro, venho sempre ou quase sempre acompanhada de um novo amigo, um ou mais confesso que são raras as vezes que apenas um novo amigo me faz companhia, a verdade é que é um vicio divinal, porém tristemente levo tanto tempo a le-los que chegam a ganhar aquele cheiro tipico de folhas abandonadas numa estante, há os que viajam muito, de casa para o trabalho, praia, piscina, saboreando o cheiro do cabelo, roupas, etc... nunca se zangam de ir de viagem seja para onde for...
Tristemente andava eu, há dias por não encontrar tempo, mental e fisico para os ler, ou pelo menos acabar os que iniciei, pois acabei dois numa tarde, assim por mera magia do sol, do mar, num final de tarde fui acariciada pela beleza de escritores e suas estórias...
Obrigado/a a ambos foi uma tarde agradável...
Criosamente ambos comprados em 2010... Verdade que são pequenos, finos, de leituras fáceis, tão faceis que uma criança demoraria menos tempo que eu...
Mas o importante é que estão lidos, e tidos em grande conta, dai o post de hoje, vou dar duas dicas de leitura.
Dicas de Leitura:
I:
Livro: A Descronstrução da Alma / Quando Voltares
Autor: Luís Costa Pires
(Obrigado, adorei ler o texto completo, depois de alguns anos a tentar encontrar lá apareceram... Obrigado pelas imagens magnificas de teatro...)
II:
Livro: Índigo _ O mistério do rapaz de luz
Autora: Inês de Barros Baptista
(Adorei, chorei, ri, sofri, amei, Uma lição, a todos nós, sobre o que é ser indigo, e humano... a beleza que pode existir em todos nós... O caminhar de estrelas, de bondades... ensinamentos)
Que nunca se deixe de sonhar, e se for preciso pedir auxilio a um livro para viver que seja...
Obrigado mais uma vez...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Deixando ir



Não é fácil...






Mas deixamo-nos ir...
Passamos a vida a guardar segredos e depois do nada, numa plena brincadeira saudável, deixamos sair algo tão bem guardado, até de nós...
Deixei escapar algo, tão meu e tão próprio; que a reacção futura não saberei qual é...
O Mundo roda e o meu roda e deixa-me de quatro e de boca aberta...
Como se deixa escapar o que se esconde com tamanho afinco...
Os ceus estão a enlouquecer-me... LOL

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Confissão




Acto ...


Imagino um vasto campo seco, como uma planicie alentejana, que apesar de seu ar esteril, nu, para mim tem um encanto próprio, de vez a vez encontro uma árvore verde que se ergue contra tudo o que amarelo a rodeia, mostrando que ela não é mais uma, é única; fico-me longuidamente a observar o campo em silêncio, a ver as cores que adopta com as diferentes posições do sol, e a mesma árvore fica ali sem mexer um ramo de cansaço, fica para além do mau tempo, da cara má que o dia possa fazer...
Existe sempre um pilar em tudo o que temos, seja o que for, e pode ser a coisa mais banal e insignificante para o nosso outro, mas para nós ter o maior dos significados.
Hoje, apesar de algumas lágrimas me cairem, por motivos que não comento neste nosso pátio de confissões, hoje, fiquei-te grata...
Dei-me conta de coisas que nem sempre lembro... Dei-me conta do belo. E de como um acto simples pode mostrar ainda um lado bom no negro que por vezes julgamos ser, ou pelo menos eu julgo ser. Nem sempre tenho razão, nem sempre acredito, nem sempre sou gente, nem semore sou um ombro amigo, nem sempre sou eu...
E tudo isso, por vezes fazes-me bem, apenas porque por vezes trazes-me ao que realmente sou, mesmo que longe de mim esteja, por tudo isso e mais fico-te sempre a dever mais uma ou outra...
Obrigada por me trazeres à superficie de mim.
E é aí que te adoro... sim te... e depois adoro.

Um pedaço do Mundo


(Cat: Jardins do Estoril)


Chuva! Esperava eu ir à praia ganhar um pouco de cor no rosto, mas quis D.Pedro outro tempo...
Perdido o sol, o tom, aquela cor mais saudável fiquei-me pelas cores da tela que se cumpre diante dos meus olhos...
No fundo hoje, a chiva criou-me planos conscientes de uma tela sobre o vidro do carro, nem tudo se perdeu...



(Cat: uma tela em vidro)

domingo, 6 de junho de 2010

SOLAR


Convite à Música


SEXTA-FEIRA DIA ONZE DE JUNHO

Local: Wallstreet, Paço de Arcos/Oeiras

Apresentação do Grupo SOLAR

Bateria: Virgílio Marujo
Guitarra: José Carlos Matos
Baixo: Capela
Voz: Eduardo
Teclas: Luís Mourinho



(rock... lembrando o sabor do som dos anos 80's)



a noite espera pelos apaixonados da melhor música de sempre...







Kitaro um som de luz mas não dos SOLAR

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Zero e tudo


Music: Keith Urban
Tonight I wanna cry


Aceita-me assim, nua sem máscara que me esconda de ti, com os defeitos mais sórdidos meus, aceita que o meu mundo seja tão igual ao teu, imperfeito como um grito numa melodia divina, aceita que o meu mundo seja também restos de cinzento escuro, manchas de uma cor desbotada pela caminhada perdida, aceita-me assim como sou, melhora-me nos momentos de loucura, chama por mim, pelo primeiro e último nome que me deram aqui, e respeita tudo o que sou, porque apenas sou as tuas frágeis luas quebradas, aceita que nada em mim é idealmente perfeito, que sou um erro calculado pelo universo, aceita que no meu olhar o teu esteja lá e espectro, porque a cada gota de esforço teu para que o teu mundo aceite o que o meu tem, estás a cada gota aceitando o teu.
Sou e sempre serei o presente de ti num outro ser, neste caso em mim.
aceitar-te-ei melhor a cada tentativa minha...
e tu? seguirás o meu perdão e o meu caminhar?

domingo, 23 de maio de 2010

Macros e gostos I

Há coisas simples das quais de vez enquando não dispenso...
Há dias que andava com vontade de... e hoje...



Yes!!!





Só não entendo o descontentamento dos meus bichos que me abandonaram, aliás trocaram pela rua... bem nao os censuro... Mas... Que fiquei mágoada fiquei... Nada!!!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Pequenos que escorreram de mim



Vem agora, que meus braços esperam o acordar.
Mesmo numa tempestade de medo.
Vem, sob um caminhar de dor de enrredo.
Sobe ligeiramente o ceú, sobre mim...
Desce o inferno sob os pés...
Vem, mesmo tardio o sonho...

Pequenos que sejam os sonhos...
Pequenos que sejam os agoiros,
pequenos, que corram meus dedos...
pequeno... mundo.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Eu




Rafael... sabe que te amo, eu sei que sabes... Já não tenho medo de mim, não tenho digo eu, se bem que tu saberás sempre melhor dos dois. Sei que não vale mais fugir, eu sei. Queria, sabes, queria ser capaz, e sim serei, mas como? Ajudas-me, mais uma vez? No tal caminho... Sabes, queria muito... Sei que sabes. Mas lá está, e... Mas, sabes o que queria, mesmo... Sorrir, mesmo! Sabes, Rafael, tenho saudades de ti.

Bonequinha sonha suave...


Sara Tavares _ cover: grandola vila morena


Ao longo da almofada correm os teus caracois, dormitando sem darem conta de ti...
Quem me dera, cheirar perto e cheirar-te, sentir o teu suave respirar sob os lençois de cama, suave bonequinha, suave, pousar frágil, medronho, suave bonequinha, suave. Afago, quentes os lençois, aperto bem sob o queixo, de forma a impedir o frio de te acordar do sonho bom de mim...
Suave bonequinha, suave, dorme bem, apareço sempre em tons pastel suave como uma nuvem de fogo brando a aquecer o que pensas que já não tens, suave sono bonequinha aqui está a mãe... Suave bonequinha... Suave como ninguém... Suave meu anjinho dorme bem...
Nunca nada está longe quando há amor... Eu sempre amei...


PS: a uma menina especial.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Equilibrista













Equilibrista

No cimo de uma corda certa, pronta sob tensão
Exposta ao peso do corpo que se sujeita
Equilibrista sob um céu de venenos
Se te escapa o pé, se por um mero erro teu corpo desvaneça daí…
No topo de uma corda suspensa
O teu amplo peito sustem-te numa adrenalina perigosa
Caso um mero erro aconteça
No topo de uma incerteza
No cerne de ti
Equilibrista a teus pés os sonhos
A teus pés o destino
Sob os teus dedos o destino
Uma corda que te dá um caminho sob um mundo
Equilibrista de corpo tenso
Balanças as esperanças por cima de um povo esquecido
E se por um minuto apenas parares aí no topo da corda
Por um minuto sentires o vento
Perderes noção do próprio tempo
Deixares de querer chegar ao fim
Se por um mero segundo de tempo teu
Perderes o vácuo da corda no espaço
E te perdes a ti
Equilibrista
Perde-te…



















porque me cansa tanto amar-te...porque me acho sempre no teu rosto perdida...porque não caio de vez...

Porque não quero mais...




Deixar-me ficar numa sombra sem sal, sem luz, sem vapor, sem sonho...
Caindo, ficando, deixando, perdendo o rumo...
Os meus olhos já sabem o que são lágrimas, já sabem o precurso da dor, da fé falhada...
E eu já sei, o virar de todas as esquinas, todas as esquinas agudas que causam a tal mágoa e ferida aberta ao ar...
Os meus pés já sabem, como o meu caminhar enfraquece a cada gota que some de mim...
O meu olhar o brilho já não vê...
Os meus lábios de tão secos deixam o piso seco sumindo-se no tempo...
O coração, vai murchando como um balão sem ar, sem ar, sem vida...
Não quero mais... assim caindo, lentamente caindo, fingindo, caindo, sem fé...
Sem sopro de sol, sem sopro de vida...
Tenho a mão cheia de nada... Uma presa em mim...
Merda!
(Mil vezes aos céus, mil vezes... e mais umas a mim...)
São os olhos que não esqueço... são os gestos...
Merda!
(mil vezes a mim, a mim, e aos céus...)
Que nada em mim floresce de cor...
Só a dor escorrega por dentro...
Tentação de erro... constante...
...

domingo, 11 de abril de 2010

death at the funeral

http://www.youtube.com/watch?v=RidTIIvXRM8

Para onde me levas vida...


from btegy in flixya

mais um pouco Lá no Palácio dos Cristais


_Nunca mais, amor! Agora que os teus cristais já me afogam a saudade... Aqui o meu corpo frio cai perante os teus frios seios...
Aqui amor, onde o teu corpo já não me acolhe nas estrelas, nem nas entrelinhas de uma dádiva... Assim amor, morro também mais um pouco em mim... Porque sempre foste tu, que me conduzia entre os rochedos da vila, sempre tu, amor, o meu segredo, lá no palácio dos cristais... Onde nasci em ti, e morri aqui em nós...
Nunca serei mais que uma luz lilás à tua procura na encosta azul do céu...
Amor... lá no palácio dos cristais... assim... eternamente teu o sorriso...

Padece um amor, padece em sol maior...
Adeus Pedro...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Assim amor ficando...

Aí, onde ficas sempre...
os meus braços não te enlaçam
aí, onde não existe ar
nem forma de estar
aí, onde os nossos mil pedaços caiem
por terra...
assim amor,
ficando...
menor, menor...
aí, nesse colidir de ceús
onde os meus lábios
já não acham...
aí, amor, ficando
aí amor...
ficando...
nossos olhos
apenas rancor transmitem
e vazio
aí amor...
calando os gritos...
ai amor, ficanfo
longe perdido
aí amor...
ficando
aí.
o amor perdido...

quinta-feira, 11 de março de 2010

Sir Ruy de Carvalho



In: httpportalcinema.blogspot.com200806biografia-ruy-de-carvalho.html




Algumas... Pessoas...Tocam... Sem o pouco que já é tanto, tocam, lá no fundo, numa essência de fim, de mim... Há as que pelo simples olhar, cativo, me levam tudo o que no fundo de mim sou, e me transbordam de cor, luz, dão amplitude a tudo o que de mais puro e belo existe aqui no Mundo...
Existem, seres incriveis por essas terras fora, os que me pasmam de beleza rara, pelos quais os meus olhos choram...
Existem por aí, mistérios em olhos alheios, que de tão belos e únicos eu sei que fraquejo...


Assim é, Sir Ruy Alberto Rebelo Pires de Carvallho, poucas palavras que sejam, a alma resplandece de muito mais... A sabedoria vai para além do maldito tempo, vai para além deste maldito escravo tempo, vai para além de toda a nossa realidade...
E como é delicioso o ser, luminoso o brilho, como é Único e Honesto tudo o que nele há e existe... Obrigado por existir no Mundo em que existo...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Mulher


Mulher,
tu que caminhas
levando no rosto o sorriso
fingindo senti-lo de verdade,
Mulher,
tu que mentes pelas paredes de casa,
e na tua própria cara negas a pura verdade,
tu, que no seio de ti, sabes a realidade,
mulher,
tu que afogas a dor,
com o simples caminhar,
mulher,
tu que nasces para que a vida se forme
e com ela caminhas por meses e horas
Mulher,
tu que toleras mentiras,
medonhos nomes, infames palavras,
renegas a tua dor, em prol de um dito valor nulo,
Mulher,
tu que vives, e amas
perdoas e sofres,
lá no silêncio, tão teu, e só teu
mulher,
os teus joelhos já sabem o caminho da dor
e tu mulher
porque não lutas
os teus direitos aguardam a tua acção
Mulher,
como autorizas que te matem
assim sem nada mais...
Mulher,
porque no fundo te desrespeitas?
se Mulher,
não há no Mundo, nenhum que valha o sacrificio
Mulher... levanta o corpo estendido ao homem
porque tu mulher vales mais que mil dos mesmos homens...

ps: nos dias de hoje uma mulher deve entender que é mais do que um objecto...
não deve por si e pelas outras deixar que brinquem, magoem, maltratem...
igualdade, respeito, ideal...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Espanha.Madrid.ART MADRID.ARCO.




Um passeio até às artes, numa viagem confusa de ideias, sentidos trocados, mapas errados, horas passageiras de viagem, airbags com "problemas", GPS de conselhos, "Calientes personas", modos estranhamente rudes, preguiça, frio, evasão, fumo, gentes, respeito, presa, beleza, arte, inteligência, dialogos, loucura, gastronomia, lições, ideias, ideais, vida...

Encontro com tudo o que em cima indico e muito mais...
A convite de alguém especialmente especial fui este ano até Madrid ver aguma exposções de arte, ficando com um gosto na mão que me faz voltar a desenhar...

Como é de imaginar é impossivel ver tudo num dia e muito menos em algumas horas, impossivel para mim estar em Terra e na Lua ao mesmo tempo...



Art Madrid, na Casa del Campo (Madrid) contou com a presença de algumas obras interessantes, obras pelas quais fiquei incansavelmente a admirar, suspirando aqui e ali consoante o grau de beleza ou intensidade do artista, apesar dos meus companheiros de viagem terem ficado mais fascinados com a outra exposiçao de escala maior ARCO (razão primordial pela qual fomos até ao país basco), confesso que por algum motivo alheio ao meu conhecimento, a Art Madrid, acabou por macar mais pontos em mim, talvez por ser a primeira grande exposição de arte à qua assisto, ou simplesmente porque o tempo de admirar, saborear cada quadro tenha sido distinta.

"(...)Las galerías y artistas presentes en Young Art son:
- Collage Habana (La Habana, Cuba): Dalvis Tuya, Jairo Alfonso, Pavel Acosta, Harold Vázquez, Ricardo Elías, Kadir López.
- Fernando Pradilla (Madrid), con ochos espacios diferenciados: Starsky Brines, Salvador Díaz, Marco Mojica, Carlos Salazar Arenas, Emilio Gañán, Germán Gómez, Marcos López, Moisés Mahiques.
- Luz & Suárez del Villar (Madrid): Michel Pérez (Pollo), Maykel Linares, Leonardo Gutiérrez
- Galerie Insula (París, Francia): Fernando Costa, Franck Loret.
- Metro Arte Contemporánea (Santiago de Compostela): Olmo Blanco, Victor Hugo Costas, Fruela Alonso, Sheila Pazos, Marcos Juncal
- Moret Art (A Coruña): Cristina Moroño, Héctor Francesch, Miguel Piñeiro
- Múltiple (Madrid): Don Herbert, Christof Klute, Jacinto Moros, Santiago Serrano, José Luis Zumeta.
- Romea 3 (Murcia): Juan Carlos López Davis, Ricardo Escavy, Javier García Herrero, Javier Pico.
- 3 Punts Galería (Barcelona): Sito Mújica, Samuel Salcedo, Juan Perdiguero, Ramón Surinyac.
- Xanon (Bilbao): Eduardo Alonso.(...)"

Retirado da net: http://www.revistadearte.com/2010/02/17/jovenes-artistas-en-art-madrid-2010/


Algumas das obras:

(Lamento a qualidade das fotos, foi possivel)












(dia 20.02.2010)
(dez euros a entrada)

Depois de muitos contra-tempos, enganos, maus modos por parte dos nossos queridos espanhois, chegámos ao local que queriamos, já a noite descia a Serra coberta e gelo...

Infelizmente, não foi possivel tirar fotos à cidade que fervinha de gente, culturas, cultura, museus, ruas cheias de arquitectura interessante e intensa, pois já era noite e dificil fotografar tais visões de espanto...

Madrid, pareceu o nosso Bairro Alto (Lisboa) mas em grande escala. Ao contrário de muitas das nossas cidades, aquela não dorme, foi interessante ver travessas a passarem de um restaurante para um outro do outro lado da rua, ver como os cheiros se misturavam, como as ruas cheias de carros e gente nas calçadas, bebia cada um de nós, foi intenso ver os candeeiros que iluminavam as estreitas ruelas, como algumas lojas ainda estavam abertas ao público, a forma como as pessoas se vestiam, principalmente as meninas, que sendo sábado, deveriam ir ao encontro de um momento romântico ou de cariz mais sexual, pois uzavam grandes e intensos saltos, curtas mini-saias (estando um frio de cortar a pele), maquinhagem mais ousada, vestidnhos quase de verão, e lá iam, com as pernas finas e tremulas a descer as calçadas no encontro de algo ou de uma promessa com um destino por contar...
Vi como os casais passeavam agarrados e a forma como alguns dos membros viramvam o rosto ou olhar para outra possivel pessoa...
Muitas tascas, tabernas, muitas senhoras nelas a beber o seu copo de final de dia, um casamento ao sair da igreja, homens de olhar já perdido com um copo meio cheio, mei vazio a olhar o nada, depois de escolhermos um local para nos sentarmos e comer algo tradicionalmente tipico espanhol, reparei no senhor que bebia o seu copo de vinho e olhava sem nada dizer a TV, ali parado no tempo e na vida...
Adorei os WC da taberna restaurante, pois não sei o que era... As portas sempre muito intensas, o chão, as paredes de um verde intenso, e apesar de ter um ar modesto tinha vida, alma, cariz, durante a conversa à mesa que partilhamos entre nós, observava por vezes as outras mesas na expectativa de encontrar algo mais, e lá via uma mesa de velhas senhoras com seus grandes penteados cheios de laca, a suster um ou outro cabelo muito loiro, que de real só mesmo a tinta, os visons que usavam, e como usavam, achei piada; um casal de jovens muito meigo entre eles a disfrutar do futebol e da comida, gostei de ver a ternura que ali havia, desejo que dure...
A forma como um dos poucos espanhois nos atendeu, desde já o meu muito obrigado, foi dos poucos que manteve um lado digno de educação, a comida do melhor, carnes na chapa, com legumes na chapa, e deliciosamente bom, o cheiro o sabor ali mantinha-se, fez-me lembrar quando a comida ainda sabia a comida... Saímos confortados, mas sem mais espaço no estomago, fomos andar um pouco pelas ruas, cada casa com o seu que de belo, desde uma porta de madeira clara mas com detalhes magnificos de carpintaria, portas de ferro grosso, vigoroso, janelas únicas, graffitis numa das paredes e portas, pequenos apontamentos artisticos aqui e ali, adorei s candeeiros que cada vez que via um tirava uma foto...
Por uma passadeira lá me ri sozinha com algo caricato (apesar de ser normal em alguns paises) uma senhora aravessava de mão dada a passadeira de peões com o seu amor, trazendo o seu vison, até aqui tudo bem, mas quando desço o olhar e olho os pés da senhora apenas sorri, porque achei um contraste hilariantemente extrardinário, trazia ela um vison comprido de cor castanho claro, e depois descendo o olhar uns sapatos de enfiar no pé como se fosse um sapato de quarto castanho também, e umas meias opacas brancas... Grande contraste de "Vogue".

Depois de tanta agitação e de finalmente termos decidido que estavamos cansados e o descanço era merecido, fomos para o hotel (Astor) onde ficamos e tomei um banho daqueles revigorosos, eixando-me depois morrer numa cama de brancs lençois... só faltava algo...



2010.02.21
A.R.C.O.
MADRID 2010


Mais um dia de conflitos Ibéricos...
Mas o que se passa com esta gente?

"(...) Compra um GPS...(...";
"(...) Mira qui calientes (...)";
"(...) Porta seis (...)";
"(...) no es aqui (...)";
"(...) (...)"!!!

Mas será que lhe fizemos algo? Não se mostram prestáveis e levam-nos por caminhos errados. A chover e sempre com as piores das indicações quando tudo era tão simples...





Depois de termos dado a volta a toda a area da expo arte (chamemos isso), finalmente na bilheteira...

(32€ a entrada)
(alguns erros, localzações erradas, anuncio net não coincidia com a realidade, propostas de DVD na net, falsas para quemd epois queria comprar na bilheteira, não havia, falta de conhecimento dos próprios intervinientes, que não sabem dar indicações, porteiros que fazem comentários estranhos em alto, pessoas mal humoradas, sem se darem ao minimo esforço para ajudar quem visita a feira... Uma grane má vontade em pequenas coisas como dar indicação de wc... Enfim... Senti que aqui ganhamos, apesar dos pesares somos hospitaleiros...

ARCO
A razão da visita...

General Programme
- A selection of international galleries made by the ARCOmadrid_ 2010 Organising Committee.
- Galleries applying for the General Programme will not be able to apply for participation in ARCO 40, but they will be able to apply for the other sections.

1900*2000 PARIS FRANCE
AD HOC VIGO SPAIN
AICON GALLERY LONDON UNITED KINGDOM
ALEX DANIELS-REFLEX AMSTERDAN AMSTERDAM NETHERLANDS
ALEXANDER AND BONIN NEW YORK UNITED STATES
ALVARO ALCAZAR MADRID SPAIN
ANDRE SIMOENS GALLERY KNOKKE BELGIUM
ANGELS BARCELONA BARCELONA SPAIN
ARARIO GALLERY SEOUL KOREA
BARBARA GROSS GALERIE MUNICH GERMANY
BÄRBEL GRÄSSLIN FRANKFURT GERMANY
BENVENISTE CONTEMPORARY MADRID SPAIN
BERNARD BOUCHE PARIS FRANCE
CAIS GALLERY SEOUL KOREA
CANEM CASTELLÓN SPAIN
CAPRICE HORN BERLIN GERMANY
CARLES TACHÉ BARCELONA SPAIN
CARLOS CARVALHO- ARTE CONTEMPORANEA LISBON PORTUGAL
CARRERAS MUGICA BILBAO SPAIN
CASA TRIÁNGULO SAO PAOLO BRAZIL
CASAS RIEGNER BOGOTÁ COLOMBIA
CAYÓN MADRID SPAIN
CHARIM GALERIE VIENNA AUSTRIA
CHRISTOPHER GRIMES SANTA MONICA UNITED STATES
DAN GALERIA SAO PAOLO BRAZIL
DISTRITO 4 MADRID SPAIN
DNA GALERIE BERLIN GERMANY
EDWARD TYLER NAHEM FINE ART, L.L.C. NEW YORK UNITED STATES
ELBA BENITEZ MADRID SPAIN
ELISABETH & KLAUS THOMAN INNSBRUCK AUSTRIA
ELVIRA GONZALEZ MADRID SPAIN
ESPACIO MINIMO MADRID SPAIN
ESPAIVISOR GALERÍA VISOR VALENCIA SPAIN
ESTIARTE MADRID SPAIN
ESTRANY - DE LA MOTA BARCELONA SPAIN
EVELYN BOTELLA MADRID SPAIN
FAGGIONATO FINE ARTS LONDON UNITED KINGDOM
FARÍA FABREGAS GALERIA CARACAS VENEZUELA
FILOMENA SOARES LISBON PORTUGAL
FUCARES MADRID SPAIN
GALERIE CATHERINE PUTMAN PARIS FRANCE
GANA ART GALLERY SEOUL KOREA
GEORG KARGL VIENNA AUSTRIA
GRIMM AMSTERDAM NETHERLANDS
GRITA INSAM VIENNA AUSTRIA
GUILLERMO DE OSMA MADRID SPAIN
GUY BÄRTSCHI GENEVA SWITZERLAND
HANS MAYER DUSSELDORF GERMANY
HAUNCH OF VENISON LONDON UNITED KINGDOM
HEINRICH EHRHARDT MADRID SPAIN
HEINZ HOLTMANN COLOGNE GERMANY
HILGER MODERN / CONTEMPORARY VIENNA AUSTRIA
JAVIER LOPEZ MADRID SPAIN
JOAN PRATS BARCELONA SPAIN
JORGE MARA - LA RUCHE BUENOS AIRES ARGENTINA
JUANA DE AIZPURU MADRID SPAIN
KLAUS GERRIT FRIESE STUTTGART GERMANY
LA CAJA NEGRA MADRID SPAIN
LA FABRICA MADRID SPAIN
LEANDRO NAVARRO MADRID SPAIN
LELONG PARIS FRANCE
LEME SAO PAOLO BRAZIL
LEYENDECKER SANTA CRUZ DE TENERIFE SPAIN
LUCIA DE LA PUENTE LIMA PERU
LUCIANA BRITO GALERIA SAO PAULO BRAZIL
MAI 36 GALERIE ZURICH SWITZERLAND
MAIOR POLLENÇA SPAIN
MAISTERRAVALBUENA MADRID SPAN
MAM MARIO MAURONER CONTEMPORARY ART VIENNA VIENNA AUSTRIA
MARIO SEQUEIRA BRAGA PORTUGAL
MARK MÜLLER ZURICH SWITZERLAND
MARLBOROUGH GALLERY MADRID SPAIN
MARTA CERVERA MADRID SPAIN
MAX ESTRELLA MADRID SPAIN
MAX WIGRAM GALLERY LONDON UNITED KINGDOM
MEESSEN DE CLERCQ BRUSSELS BELGIUM
MICHAEL JANSSEN BERLIN GERMANY
MIGUEL MARCOS BARCELONA SPAIN
MOISÉS PÉREZ DE ALBÉNIZ PAMPLONA SPAIN
MORIARTY MADRID SPAIN
NÄCHST ST. STEPHAN ROSEMARIE SCHWARZWÄLDER VIENNA AUSTRIA
NOGUERAS BLANCHARD BARCELONA SPAIN
OLIVA ARAUNA MADRID SPAIN
ORIOL GALERIA D'ART BARCELONA SPAIN
PALMA DOTZE VILAFRANCA DEL PENEDÉS SPAIN
PELAIRES PALMA DE MALLORCA SPAIN
PILAR PARRA & ROMERO MADRID SPAIN
POLIGRAFA OBRA GRAFICA BARCELONA SPAIN
PROJECTESD BARCELONA SPAIN
RAFAEL ORTIZ SEVILLA SPAIN
RONMANDOS GALLERY AMSTERDAM NETHERLANDS
SABINE KNUST MUNICH GERMANY
SENDA BARCELONA SPAIN
SIBONEY SANTANDER SPAIN
SLEWE AMSTERDAM NETHERLANDS
SOLEDAD LORENZO MADRID SPAIN
STUDIO TRISORIO NAPLES ITALY
T20 MURCIA SPAIN
THADDAEUS ROPAC PARIS FRANCE
THE PARAGON PRESS LONDON UNITED KINGDOM
THOMAS SCHULTE BERLIN GERMANY
TIM VAN LAERE ANTWERP BELGIUM
TOMAS MARCH VALENCIA SPAIN
TONI TAPIES BARCELONA SPAIN
TRAVESIA CUATRO MADRID SPAIN
TRAYECTO VITORIA SPAIN
VANGUARDIA BILBAO SPAIN
VISTAMARE BENEDETTA SPALLETTI PESCARA ITALY
WALTER STORMS GALERIE MUNICH GERMANY
WETTERLING GALLERY ESTOCOLMO SUECIA
ZINK BERLIN GERMANY

alguns nomes...


Por receio de ser injusta e porque aliás é-me impossivel mostrar tudo, realço algumas obras apenas por motivos de qualidade de foto e não pelo talento que pode ou não estar em cada peça de arte ali exposta...


















Mais havia para mostrar, mas fica por aqui...
Realço e dou os parabens a Eduardo Nave, pelo excelente quadro, parabens está deliciosamente belo.
Asia, também de parabens os talvez mais autenticos...







Fotos das exposições Cata Roque
Peço maior respeito pelos artistas...







Concluindo a viagem:
Saldo: positivo, voltarei sem dúvida, aliás tenho uma missão ir ver o palácio de cristal que serve como base para "Lá no Palácio dos Cristais", ver e tirar novas fotos mas de dia, tirar pelo menos uma semana ali, Madrid espera por ser conhecida...
Adorei sentir-me perdida em locas belos sou sincera, por mais estranho que possa parecer há coisas que ficam gravadas imagens magnificas de pedras amontoadas umas nas outras, um prado, ovelhas negras como carvão, prados, nevoeiros pelas montanhas, a neve lá no fim do horizonte, um mistério e um sonho, o de voltar.


Exposições: não sei se por ser a primeira guardo a Art Madrid mais no coração, ARCO, apesar de em maior escala de obras e arte, não me marcou tanto.
Reparo e constacto com tristeza minha que muito pouco de evoluçºao há nas obras, vejo que muitas são pequenas alterações a grandes obras do passado, mas traos ou formas novas só quando falamos de tecnologia, assunto demasiadamente debatido nas exosições, tecnologia misturada com pintura, será esse o passo para o futuro da arte? Possivelmente... Reparo que muito pouco se irá desenvolver...
Lamento e não gostei, daí ter evitado ao máximo, qualquer apelo à biolgia; muitas foram as obras que marcaram pelo constrangimento e não pela beleza, aponto que algumas obras metiam asco, outras eram tenebrosas, lembro de me ter afastado com um sentimento de horror de uma das galerias, que mostrava tudo menos positivismo, lamento a arte para mim será sempre uma forma de expressão de alegria e nunca de negridão, mas cada um sabe de s e a cada um cabe mostrar o que a alma possui, reparo que muitas eram as obras sobre células e a transformação das mesmas, trocas, ADN, ribossomas, mitocrondrias, osmoses, etc, algo que sinceramente vi durante todo o periodo de ensino e que não manifesto qualquer tipo de interesse, nada de beo ou magnifico, coisas básicas... Aponto o uo excessivo de horror para critica, para quê? Uns dos quadros talvez mais bem feitos mas com tema horrivel, um rosto de mulher com exposiçºao de carne humana na fase, anoto que estava magnificamente bem elaborado porém o tema e a forma eram horriveis, porque não mostrar algo com luz?

Nota-se e espelha-se as desgraças que vão pelo planeta e como essas mesmas ficam enraizadas no er humano, quadros depressivos haviam imensos, poucos alegres, espelho da solidão, negro, escuridão, trevas, Deus e o Homem, as religiões, os contrastes de cores no Homem...
Obviamente que não foi má a esperiencia nem tão pouco pobre, muito pelo contrário, mas sinceramente lamento estarmos sem ideias novas inovadoras e alegres...

Que o próximo ano traga cor à vida e ao Mundo e que esses mesmos se espalhem na arte...








Foto: The House Of Birds
Cátia Roque, 2010 numa bomba de gasolina entrando Espanha...