quarta-feira, 9 de junho de 2010
Confissão
Acto ...
Imagino um vasto campo seco, como uma planicie alentejana, que apesar de seu ar esteril, nu, para mim tem um encanto próprio, de vez a vez encontro uma árvore verde que se ergue contra tudo o que amarelo a rodeia, mostrando que ela não é mais uma, é única; fico-me longuidamente a observar o campo em silêncio, a ver as cores que adopta com as diferentes posições do sol, e a mesma árvore fica ali sem mexer um ramo de cansaço, fica para além do mau tempo, da cara má que o dia possa fazer...
Existe sempre um pilar em tudo o que temos, seja o que for, e pode ser a coisa mais banal e insignificante para o nosso outro, mas para nós ter o maior dos significados.
Hoje, apesar de algumas lágrimas me cairem, por motivos que não comento neste nosso pátio de confissões, hoje, fiquei-te grata...
Dei-me conta de coisas que nem sempre lembro... Dei-me conta do belo. E de como um acto simples pode mostrar ainda um lado bom no negro que por vezes julgamos ser, ou pelo menos eu julgo ser. Nem sempre tenho razão, nem sempre acredito, nem sempre sou gente, nem semore sou um ombro amigo, nem sempre sou eu...
E tudo isso, por vezes fazes-me bem, apenas porque por vezes trazes-me ao que realmente sou, mesmo que longe de mim esteja, por tudo isso e mais fico-te sempre a dever mais uma ou outra...
Obrigada por me trazeres à superficie de mim.
E é aí que te adoro... sim te... e depois adoro.
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Entre linhas, piscadelas nocturnas ao conhecimento... Como é belo o ser diferente dos banais, triste a curva da vida que acaba tão cedo....
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