sexta-feira, 23 de outubro de 2009

No teu som


Embala-me no teu som a doçura de um manifesto e continuo desejo, por ti...
Como se o corpo fosse já a alma perpetuando o acto...
E eu mera aprendiz de vida...
No sopro vinyl teu que me prende ao fascinio...
Clave que não vejo, mas sempre sinto dentro do peito que tenho...
Embala-me o corpo vestido de desejo, por momentos apenas o que sinto é real
e o que quero bem mais que uma nota...
Belo entardecer, suave descoberta...
Embala-me o ritmo no sossego do colchão rijo em que te espero...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O fragil que somos

De um momento para o outro a vida altera o seu estado, como um pedaço de agua que congela assim que o frio chega.
Também nós nos transformamos de um momento para o outro, sem demora, sem avisos.
Partiu, um grande amigo, homem forte em personalidade e convicção, assim, como um apagar de velas deixando o seu rasto.
Fragil essencia a nossa que nos tira a vida sem aviso previo, sem ordem ou regra...
A ti João muita luz...
Um bom caminho...

domingo, 18 de outubro de 2009

...

É no canto que fico, vendo-te passar, estranhamente sóbria de uma droga que não tomo...
É na cadeira sem forro, já gasta que me sento, sem esperança...
E tudo isto é um futil passatempo de momentos mudos, sem mim...
Não sinto o ar, não sei sequer respirar, e nada mais importa porque no final tudo acaba, e contra isso não há modo saudavel de parar tal raiva...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Nas pontas dos dedos....

Tu e eu, enlançando ambas as mãos como se o destino nos uni-se em alma e corpo. Era ficar a olhar o vazio, cheio de nós e pleno de sabor, era deixar a respiração ser una e os olhares prontos para o mesmo objecto nu, fosse um tecto, uma janela, um espelho, um rosto, um peito, fosse, fosse pedaço de nós em cada esquina, ficavamos ali, prepetuando o acto, o espaço, o tempo, a dádiva e nós...
Olhava sem descanço os teus dedos que seguravam as pontas dos meus, com a maior das delicadezas como se preciosas fossem as minhas mãos, olhava-te o sorriso matreiro com que miravas de soslaio os seios mortos já de te amar...
Amava-te, em todos os instantes que te retinha em mim, na cova piedosa que fazias ao sorrir, no jeito como o teu lábio se curvava ao dente que o mordiscava, a forma como distraídamente passavas o olhar nos contornos, eras sempre doce, meigo, puro, e macho.
Eram sempre as "brincadeiras das pontas dos dedos" que nos atiravam de volta a um rir descontrolado que nos levava a ambos para as bocas famintas, era sempre a brincadeira das pontas dos dedos, que nos faziam começar tudo de novo até novamente a calma chegar e nos deixar novamente absurtos em nós, nos contornos, nos gestos, nos passos simples do ser...
Senão fossem as pontas dos dedos que brincam nunca descobriria o quanto te amo em cada minuto de vida, senão fossem as tais pontas com as quais tu e eu ligamos a vida não saberia eu sonhar-te assim, como se uma pequena vida fosses em mim...
E tudo o resto amor é silêncio e mistério...

domingo, 4 de outubro de 2009

Os ácaros do Euro

Assunto: Ridiculamente ridiculo os problemas dos ácaros.


Nova teoria: Os Ácaros dos Euros


De acordo com o meu novo agente de post's, segundo ele, deveria escrever esta minha nova teoria, diz ser importante, e eu claro cá estou, é obvio para desanuviar o cerebro que anda em colapso mental, a precisar de fortes inspirações por este mundo pequeno fora.



_ Verdade. Todos nos queixamos que desde que o raio do euro apareceu tudo parece mais complicado, ultmimamente até se fala numa tal estrela de seu nome "A Crise", tal não é ela a mais famosa de todas que corre o Mundo, em todos os cantos, tangendes, catetos, hipotenosas, etc, etc, etc...
Pois, descobri, ou pelo menos surge-me assim do nada, uma hipotese credivel, vá, para não dizer alucinada de como justificar esta "fase" menos boa de todos nós, a falta dos euros, deve-se a...

Pois a...

A uma nova especiem de ácaros, que ainda não foram descobertos, mas que algum cientista mais louco que eu, possa vir a descobrir (ou não).
Sim, porque reparem, como se explica que assim que se ganhe o euro ele pufff, desaparece das carteiras, da conta bancária, enfim, onde está o Euro seguro? Lado algum, isto porque tem no seu cerne o problemático do ácaro que se alimenta do seu papel doce (só para enfatizar) e o devora (como se fosse um magnum)...

Reparem: se o papel do Euro for realmente efectuado, num papel concebido já em ácaros minusculos, tão minusculos que ninguém os veja, nem mesmo nos equipamentos de detecção bacteriana (se não virem melhor, nunca saberão se estou certa ou errada), e com isto leve que o pobre do Euro, em culpa alguma seja lentamente ou mais rapidamente devorado, deixando-nos tesos.

Estão a ver a ideia?
O problema está no papel.


Dúvidas?

(Muitas)



Quase impossivel tal disparate ser veridico, mas caso o fosse, como no seculo XVI também no sec- XXI o ácaro estaria no tribunal, no banco dos reús a levar com todas as Leis, existentes ou não, condenado a uma prisão prepétua, mais indemnizações a tudo o queixoso, agora imaginem os milhões, biliões que se iriam fazer... Tudo por culpa do: Ácaro.

by Catia Roque

"E esta hein?" famouse sentence by the portuguese journalist Fernando Peça

Insónias

Não se fecham os olhos
Para que com eles o sonho não invada
Para que com eles o sonho não invada
Não se fecham os olhos

Insónias, sempre, sempre
Assim atrasa o tempo
Atrasa a demora
Insónias, constantes, constantes
Assim me esqueço
Atrasa o resultado

Não se fecham os olhos
Não vem o sono
Vem o sono
Mas não se fechem os olhos
Não venha o sonho
Que a madrugada tardia mostra
Mostra sempre pele fria
E tudo o que me tomou no sono
Não se fechem os olhos
Que com eles tudo vejo
Seja de noite ou de dia
Tudo me leva ao pranto
Cansada do caminho
Esgotada na verdade
Não se fechem meus olhos
Caso o façam nõ me mostem mais a verdade minha

Insónias, insónias
Quantas mais menos minhas lágrimas se derramam
Insónias, insónias
Que o medo de os ver se torna cada vez maior
De todo não quero ver a perda de quem amo...
Insónias mil que sejam
Não me tragam é presságios de morte.
Minha alma de velha, cansada fica
E meu corpo já cá me abandona.

Insónias mil que sejam...
Mil ou mais que sejam...
Não me mostrem mais nada...