Odiava tudo,
ali hvia tão pouco de onde colher fruta
Havia arvores secas, largadas ao nada
Pessoas conformadas com o banal
e haviam as ideias, os ideais
com os quais fui perdendo a esperança...
de resto, odiava
saudades, não haviam,
apenas uma força enorme de correr para fora
para o mundo
para o mundo, que queria descobrir,
lembro que tudo era motivo de criação
mas ninguém acompanhava
seguia, só
por uma criação tão minha
ali, odiava tudo, ou quase tudo
os rostos dos que amava
eram semblances tristes
onde a cor não renascia,
apagados, vivendo do diz que disse,
do olhar gordo,
ali, não se respirava harmonia, ou amor
ali, tentava eu roubar um sorriso, um cantar
um despertar, que nunca aconteceu...
ali, morriam, ficavam
felizes, talvez,
mas eu não, queria mais
queria mudar o mundo, o tal mundo
o tal, o tal,
que mata, aniquila, corroi, o tal
que transforma o homem
numa bosta
o tal, que eu tanto queria mudar
porque apenas o odiava sem cor,
odiava ter que viver ali
sem sonho, sem luz
passou tempo
passou sonho
ficou a certeza da morte em si
aqui, aqui, não há lugar para a vida...
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