terça-feira, 21 de setembro de 2010

Há dias em que nada é igual

Longa a pausa, ausente o desejo de escrita, vazia a inspiração, mas há sempre um amanhã mais cheio de algo, como hoje.
As horas difíceis, em que o nosso lado prático se apaga e o outro ( o outro, que negamos um número ilimitado de vezes)prevalece, tudo deixa de ter sentido, tudo passa ao nada, a um entregar de armas, um não querer mais caminhar, por vezes, essas horas longas abarcam-se e nada importa, nem mesmo a vida ou a morte.
Há os movimentos que de tão simples acordam o sensível, reparei hoje, pelo rosto de uma criatura que passava mesmo perto de mim, imaginemos o cenário:
_ sentidos controversos de transito, filas e bichas de carros esperando a sua vez de caminhar no asfalto, reparo que um pára, para deixar passar um outro que cruza caminha num entroncamento qualquer, e vejo, deliciada o rasgar de um sorriso no rosto da criatura bondosa que deixa passar a segunda criatura; no rosto fica-lhe um sorriso de orgulho como quem diz: "já fiz a minha boa acção...", o fraco movimento de deixar passar agúem á sua frente foi-lhe como um "pin" dado na mais conceituada condecoração, ali sem medalhas, sem nomeações hierárquicas aquela criatura foi HOMEM...

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