sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A inutilidade dos papeis

Há alturas em que é necessário fazer pequenas arrumações, banais e simples, quer seja sentados numa mesa a pesquisar o que de pouco interessante existe nas nossas carteiras, quantos papeis guardamos religiosamente, que no fundo não servem para nada, mais existem, estão lá, olham-nos observam cada movimento nosso, cada abrir e fechar de fechos, fivelas e afins, e permanecem...
Consigo entender o nervosismo quando todos saltam de dentro das bolsas onde são colocados, já sabem vai ser o fim, podem até sobrar alguns, porque sobram sempre, mas vai haver uma chacina mortal para tais pedaços semi-apagados do uso, a vida desses papeis fica por minutos contrabalacada, sufoco para eles, alivio para os que eles carregam.
Hoje, aqui, lá foi mais uns quantos cortados em mil pedaços para o lixo. Reparo na quantidade que são, tenho centenas deles, mesmo centenas, sem mudar um número, centenas, deparo que na mesma semana fui duas vezes ao mesmo posto de combustível, e pergunto, mas conduzo assim tanto? Existirá algum motivo para ir aquele posto e não a outro, é que nem fica no caminho, nem há um moço giro a servir, ora será que o gasóleo é melhor ali do que nos outros lados? Pois nem eu sei, mas os talões confirmam, confirmam ainda que os papeis foram mudados, não são os mesmos, máquinas diferentes ou então uma nova mudança de sistema, a qualidade dos papeis também altera, antes mais largo mas mais fino, agora mais fino mas mais grosso, parece um melhor talão, melhor ao tacto. A verdade, nem sei porque reparo nestas coisas.
Há talões por exemplo que deveriam ser proibidos, tudo neles desaparece, e depois quando colocarmos no IRS, alguma coisa se vê? Nada, absolutamente, nada, será já compilo, uma forma de assim ser impossível ao estado aceitar como despesa? Lanço aqui assim sem querer ferir ninguém a polémica, claro que fica para mim tamanha dúvida.
Quando vamos às compras, saem normalmente dois talões enormes, um para o vendedor outro para o cliente, e às vezes ainda sai um outro que nos indica onde estamos, com logos das lojas, ah há, servirá como cartão de visita, se sim paço inteligente, poupança, boa, mas se formos sempre ao mesmo local fazer compras será desperdício, não?
Afinal, porque me estou aqui a preocupar com estas coisas? Porque, no final quando todos os pedaços de papel estão rasgados, questiono não estou eu e todos nós a gastar demais em papel, a inutilizar para nada? E depois penso que as árvores abatidas poderiam ter sido evitadas, porque na realidade apenas os papeis importantes ficam e esses são uma percentagem de mais ou menos 20% do total gasto, não podemos evitar tais coisas? Como?

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