sexta-feira, 29 de outubro de 2010

As ruas de um Algés

Passo por tudo hoje, sem ver o brilho
Até que os meus olhos se elevam do chão
e vejo o que não vejo
Passo pela mesma rua e tudo é igual
O mesmo chão, cheiro, rosto de alma descuidada
Rostos envelhecidos pelo monstro do tempo
Seres pesados,
carregados de males e bens que ninguém vê
Passo por tudo, e nada vejo
Olhos pregados ao chão
De medo, não dos outros mas de mim
DO que possa eu ver neles e em mim
São cinza as almas
que observo a cada dia de calçada
Pobres e ricos de vida sem saberem quem são
Vidas mundanas terríveis de hábitos incríveis
As que por aqui passam
Mentes já deslocadas daqui
Num outro Mundo que não este
Passo todos os dias com medo
Dos meus olhos neles
Dos segredos nos outros olhos que os meus possam ver
Passo e vejo que mesmo que passa mil anos
Nunca verei a beleza que vejo ao longe ali...

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