segunda-feira, 1 de novembro de 2010

No silêncio

Cai o pano azul escuro, sob a minha cabeça repousa a pomba branca de longas asas, mas que não voa, apenas fica olhando o todo que é a vida...
Sob a minha cabeça ai o pano escuro, escondendo os segredos que guardo em mim.
Não há horizonte conhecido, apenas o desconhecido do mesmo horizonte, longo capitular de rumo sem fim...
Nos meus olhos, preso ficas sem nada nu, sem nada, só tu... Adormece o corpo cansado da espera, o coração pára como se um comboio fosse aqui por dentro passar, adormece o corpo frio...
Eram estranhos os rostos, as vozes falavam em preguiça, longe ficava o eco navegando pelas madeiras de pinho...
Por ali tudo era, um fim...
Sob a minha cabeça, apenas a pomba olhava.
Estava o odor da chuva, uma humidade confusa sem igual, estavas ali nu...
Sob a minha cabeça a pomba branca erguida...
Tudo é o que ninguém entende ser.
No fim será apenas silêncio...

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