quarta-feira, 3 de novembro de 2010

para onde parto?



Não há caminho, que seja o meu...
As portas não abrem coisa alguma, nem o meu ser...
Janelas, trancadas, derrubadas por um tal de tempo perdido...
Correm cinzentas as linhas que me traçam a vida, e sem vida correm as mesmas...
Fé, palavra infame de mentira, já não a tenho...
Aguardo pausadamente o sol, que se fecha de madrugada...
Apenas a Lua acompanha o caminho cruzado no vazio tal...
Algures fiquei ali, esperando-o como quem espera um amante, um amor...
Algures ali parei, esperando um tal de destino, que se inventa à tal da vida.
Algures por aqui morri e não regressei...
Sei-o como quem sabe das nuvens, do sol, dos sonhos...
Sei-o tão bem...
Algures por ali, morri de dentro para fora...
Ali algures num beco sem luz...
Fiquei...


_Onde nos procuramos, se já não existimos?

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