Era um todo nu, roto nas veias, cego nos sentidos...
Nu, nos seios maternos que se desnudavam ao vento.
Disforme visão rara e peculiar de um cego ainda sem amar,
Um corpo sem rede, manto, desorientado, sem plano...
Dormente, o corpo, a mente perdida...
O eco agudo do choro...
Como uma fome de lobo, uma sede de leopardo, uma condensação pelo cansaço...
Um seio ardido pela boca pequena...
Os rasgos de um rosto marcado pelo tempo...
Uma vida perante a morte.
Uma morte dando lugar à vida...
Era o tempo queimado assim...
No passar de constancia de certezas sem ter fim.
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