quarta-feira, 4 de maio de 2011

Furiosamente

Furiosamente

Quero-te, à chegada de todas as madrugadas pela janela a dentro.
Sem demoras de uma noite prolongada.
É o tic-tac do relógio e a porta a ranger, e o teu eu a chegar.
Furiosamente, esperando impaciente a tua presença.
Quero-te, daquela forma meio selvagem, que nos arranca a capa da vida.
Da forma mais violentamente perfeita.
Assim sendo, chega, chega o mais depressa que possam tuas pernas...
Quero-te, depois de mais um dia cansativo de trabalho, da correria da vida, mesmo assim quero-te.
Exactamente da mesma forma como te queria num outro dia passado.
Furiosamente, cada pedaço de pele, cada gota do teu orvalho, cada palavra bebida em ti, assim sendo, quero-te hoje bem mais do que em qualquer outro dia.










Procura-se a existência, o acordar de um sono profundo no ser. Busca-se a vida ali, algures, por ali ainda e ainda algures.
A chama que deve vibrar por dentro, por vezes apaga, ou mantem-se matreiramente escondida por entre tudo o que somos.
A vida procura a vida e a mesma procura-se a si, sem saber a mesma que se procura apenas a si.
Acha-te óh Vida!

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