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Tocava-te como se um caminhar prolongado se trata-se nossa arte.
Embalava o corpo no teu sussuro baixinho, baixinho, para que ninguem te ouvisse.
Baixava os olhos, que te viam no fundo do quarto escuro de sombras,
guiava-me pelo agnostico gemer das cordas...
Ia, até bem fundo de mim, encontrava o silencio, e tu desvanecias no presente...
Tocavas baladas em cada nota, cada tecla do piano sem cauda, guiavas o meu hemisferio
para qualquer lado que fosse, menos aquele em que não te tinha.
Partias, sempre no final do refrão, sempre, quando o meu ser já não te acompanhava só entre a multidão.
Tocavas, para todos os que fossem, mas a mim tocavas-me no teu mais puro silencio.
Piano, onde os segredos de ambos deambulavam, segredos ali se guardavam, entre as cordas de um fiel contador de notas arrumadas...
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