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Equilibrista
No cimo de uma corda certa, pronta sob tensão
Exposta ao peso do corpo que se sujeita
Equilibrista sob um céu de venenos
Se te escapa o pé, se por um mero erro teu corpo desvaneça daí…
No topo de uma corda suspensa
O teu amplo peito sustem-te numa adrenalina perigosa
Caso um mero erro aconteça
No topo de uma incerteza
No cerne de ti
Equilibrista a teus pés os sonhos
A teus pés o destino
Sob os teus dedos o destino
Uma corda que te dá um caminho sob um mundo
Equilibrista de corpo tenso
Balanças as esperanças por cima de um povo esquecido
E se por um minuto apenas parares aí no topo da corda
Por um minuto sentires o vento
Perderes noção do próprio tempo
Deixares de querer chegar ao fim
Se por um mero segundo de tempo teu
Perderes o vácuo da corda no espaço
E te perdes a ti
Equilibrista
Perde-te…
porque me cansa tanto amar-te...porque me acho sempre no teu rosto perdida...porque não caio de vez...