Vagueava sobre uma tela
a tua pele recebia a tinta
o traço deixava o rasto do sensível
uma escrita silenciosa entre o canto das unhas e a tua pele
traçadas as linhas invisíveis
ficavas prepetuamente ali,
com a esperança no olhar, o lábio cruzando-se num sorriso
uns dentes afiados para morder outra vida
desapareciam as linhas que nunca foram senão marcas de unhas na pele
ficava o toque e o seu quente ardor
envolviam-se em sombras
e o tecto ficava repleto de figuras orgânicas sem necessariamente serem um eu ou um tu
eram linhas desta feita linhas de sombras
que preenchiam o som da noite, da tarde ou de uma madrugada
escreviam-se poemas em símbolos próprios
onde só os dois liam...
era a escrita mais longe das noites e dos dias...
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