terça-feira, 9 de junho de 2020

Sister



A vida é um ciclo!

Um encontro e desencontro de almas, umas já conhecidas e outras acabadas de chegar à nossa "rede". Não sei o que fiz, o que vivi, ou por outra sei algumas passagens na escola da Terra, mas não as redes pelas quais vivia e criava karma, não sei quantos hoje são o espelho recriado do passado, ou do futuro ; se o tempo for mera criação humana para nos mantermos no aqui e no agora, então podemos andar perdidos em universos paralelos e achados nos mesmos.

Por pena minha a vida não me deu irmãos/irmãs (pouco importaria o género, quando o amor era a formula mágica) a vida deu-me pessoas que nunca esquecerei, e a certa altura reparo que há uma família para além da minha, mas que me soa a pertença. Recebi sem já pedir uma irmã, de pais diferentes, religião distinta, valores próximos, visões nem sempre coincidentes, porém nada disso importa.

Aquela pessoa que por mais louca que seja a ideia vai ouvir, aquela que olha sem entender, e diz não conhecer mas está lá.

Aquela que me irrita e tira do sério (como as irmãs fazem), a que dá vontade de dar um estalo quando cai e tropeça, ou quando sabes que vai fazer a pior escolha, mas mesmo assim estamos lá.
Não andamos aos beijinhos e abraços, tratamo-nos de forma escandalosa, assustadora mas também sabemos dizer "amo-te" e melhor que tudo sentimos, e sim escrevo no plural porque o sinto, e quando se sente, nada pode negar.

Irrita-me a proteção quando eu deveria estar lá, e não estou, porque as minhas fragilidades não deixam, e tu ficas calada para que eu fique na caixinha protegida, irrita-me ser sensível e não ter a frieza de levantar o rosto e esquecer o sentir. E tento, quando dizes "preciso" lá vou eu, mas quando dizes "não te quero aqui, não mereces", lá vou eu para a minha confortável concha, sabes porquê? _ Porque também sou egoista, porque é tão mais facil enfiar a cabeça na areia e fingir que está tudo ok. Mas sabes, a vida já tirou de mim muitos tapetes, já me levou sonhos, magia, coração, e a própria vida fugiu. Eu sei o que é perder, foi lição aprendida de muito cedo, e tu, tu não lidas com isso, porque crias uma tal fantasia e segues, sem sentir, esfriando o coração, para viver cada minuto. É uma forma de viver, e às vezes invejo tal capacidade, mas tenho medo, medo pelo amanhã, medo porque nunca nada et foi roubado de tão próximo, e mana dói.
Espero estarmos erradas, e termos surpresa, como eu gostava, porque acredito em chances da vida, porque devemos ser felizes um pouco que seja, um mês, um ano...
Mana, se por milagre e vontade de quem quer que seja, estivermos erradas há amor a ser vivido, há coisas a serem resgatadas.

Não te disse mas hoje chorei, chorei por sentir falta dos que partiram, e senti aquelas coisas que sinto que vêm de um amor maior, senti que não importa as diferenças o que importa é o amor, o real amor.
Sinto que não há forma nenhuma de afastar o amor, que não importa nada a cor, a religião se os valores são do bem, só isso importa.

Mana há viagens que não se fazem só, esta não podes ir só.

Dorme borboleta...M

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