Do nada acordas,
levitando no tempo
um peso no peito acompanha
os primeiros passos
pela casa nua
cheia de sonhos
cheia...
Tudo como ontem,
apenas a tua falta,
o teu conforto...
A falta mais silenciosa
mais invisivel,
a tua.
Era para ser uma manhã concreta,
onde o sol banha o rosto,
e o sorriso aparece.
Vem do nada a noticia
de que a vida colhe mais um excelente homem,
e outro que mesmo ontem partiu,
ambos deixando incompletas mas tão cheias vidas.
Que pena, que inacreditavel partida...
Como do nada somos pó e solidão.
Vem um sentimento forte de entendimento,
e vens tu à minha veia,
como podes fazer tamanha diferença,
entre o estares, e o não saber de ti.
Como o teu rosto é perfeito,
como tudo em ti faz um sentido pleno,
como me revejo e sorriu
fazes-me ver para além de mim,
És tão eu, sem o saberes,
que susto de homem, que perfeito...
será sempre tu que procuro,
sempre tu, sem alcance...
E se... tudo tivesse sido escrito de forma certa?
E se... fosse tudo o que deveria ter sido?
Um amo num SE continuo...
Como sempre o erguer do rosto,
o caminhar sabendo onde estás,
tão longe de mim...
Que não seja sempre assim...
A eternidade é tão longa e distante...
Nada no ceu escreve o direito,
todas as linhas trocadas,
decompostas, unidas num turbilhao de dor.
RIP: Carlos Ruiz Zafron (escritor)
RIP: Pedro Lima (ator)
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