domingo, 4 de novembro de 2007

palavras soltas ao vento


Na profundidade do teu ser

Está o meu imerso num silêncio

No som das águas que passam

Está eternamente o repouso de um amor

Que tardou em nascer

Nas margens de um rio

Corre nosso sangue quente e frio

Em chamas a vala tudo leva

E o vulcão ainda dorme

Correm altas as nuvens negras

E o teu mundo não é meu

Trôpego consolo de coisa nenhuma

É no cansaço que queimo a pele

E na escuridão pressinto o gelo do frio

Vasto lago cinzento de tudo sem alma

Consolo de um oceano vazio.

Correm as águas sem rumo

Turvas como os meus olhos nos teus.

Estaca no peito como um cruz de prata e ferro

Vida sem lamento é o traço de desvio

Sangue que seca na margem de um pobre remédio

Luz que se vê numa névoa sem sombra

Ou coisa alguma

Profundo ser que me abala o espírito

Que me perde o sentido lógico do chão e do templo

Alma desenhada para me trazer o tal inferno

Remédio para uma cura já impossível

Amor que nega o sexto sentido da vida

Alma que foge sem corpo

Peito que sobe e desce e nada sente

És fogo que corrói e gela o sentimento

Tudo em segredo

Num mito de sexo e flagelo de luxúria.

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