Passas, sem o resto do rebanho
Fixas os teus, nos meus olhos
Fixas os teus, nos meus olhos
Nada temes.
Nada demonstras.
Se sofres, não o sei;
Se algo te mantém preso ao vazio, não identifico;
Se apenas existes, nunca o saberei;
Porque estás sempre longe,
Da minha tribo.
Quando por mero acaso,
A tua e a minha fonte se cruzam;
Sei-o, porque sinto-te o cheiro,
Mas se por mero acaso,
Nossos caminhos se mantêm distantes,
De ti nada vejo.
Porque és a ovelha que degenerou,
Não és preta, és malhada
Tens todas as cores, e formatos,
Sempre diferente ao que te é igual
Se por mero acaso
A minha lã se mesclar na tua
Somos dois estranhos momentos, num só.
E depois nada somos.
Porque não nos achamos.
Nem a nós, nem aos outros, nem ao rebanho
Não, por não querer
Mas pela teimosia do ser.
Entendes?
Se por mero acaso entenderes...
Deixa de ser tão teimoso!
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