domingo, 4 de novembro de 2007

Rebanho


Passas, sem o resto do rebanho
Fixas os teus, nos meus olhos

Nada temes.

Nada demonstras.

Se sofres, não o sei;

Se algo te mantém preso ao vazio, não identifico;

Se apenas existes, nunca o saberei;

Porque estás sempre longe,

Da minha tribo.

Quando por mero acaso,

A tua e a minha fonte se cruzam;

Sei-o, porque sinto-te o cheiro,

Mas se por mero acaso,

Nossos caminhos se mantêm distantes,

De ti nada vejo.

Porque és a ovelha que degenerou,

Não és preta, és malhada

Tens todas as cores, e formatos,

Sempre diferente ao que te é igual

Se por mero acaso

A minha lã se mesclar na tua

Somos dois estranhos momentos, num só.

E depois nada somos.

Porque não nos achamos.

Nem a nós, nem aos outros, nem ao rebanho

Não, por não querer

Mas pela teimosia do ser.

Entendes?

Se por mero acaso entenderes...

Deixa de ser tão teimoso!

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