terça-feira, 29 de setembro de 2009

....lá no palacio dos cristais...

A ausencia que te perturba o espirito, levando.te em cada dia morto em ti...




Não sofras Pedro...
Tudo estará bem, um dia...
Os meus olhos acompanham os teus, em toda a vida.
Pois sempre foi para toda a eternidade...

....

Não me derreto nos teus lábios, que em veneno me falam.
Não oiço as tuas palavras mortas de sentido.
Não te sonho sequer acordada.

....


SE O MEU ROSTO ENCONTRAR O TEU, É PORQUE A VIDA NOS ENCONTROU...
A AMBOS...

domingo, 27 de setembro de 2009

domingo, 20 de setembro de 2009

.....compassos meus.....

sou um livro de folhas soltas
meio envelhecidas pelo tempo
meio gastas pela pouca leitura
meio perdidas nos sonhos e pesadelos
mas sou um livro
à que le-lo...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

...

a minha espera no teu caminhar...
tão lento como o meu sonho
raro como a esperança

Conto: Os nossos reflexos nus...

Cheirava àquele cheiro habitual de estação de comboios, quando o cheiro da terra molhada encontra também o cheiro das ferragens dos cabos por onde os comboios circulam, em pleno Cais do Sodré, onde muitos de nós passamos sem dar conta, onde vidas que mais tarde ou mais cedo já se cruzaram um dia, ali onde uns entram na cidade do pequeno caos e em que outros a deixam seja para seguir até ao outro lado do Tejo, quer seja para fugir até ao mar de Cascais ou arredores. Por ali, tudo passa, desde o descalço mendigo que cocheando vai ganhando a esmola do dia; ao mais conceituado presidente de um banco, ou empresa, ali tudo passa pelo pica, pelos condicionamentos de um lugar já ocupado, a uma reserva em pé de um lugar encostado a uma porta entreaberta...
Não importa a hora, há sempre alguém por cada carruagem que se passe, nem que seja apenas um individuo a ajeitar a gola do sobretudo, ou uma senhora que ve sem reparar as imagens de uma revista cor-de-rosa; nunca vi em muitos anos de caminho, uma que fosse vazia e mesmo quando ao entrar vazia me parecia passados minutos enchia de vida e gente...
Num desses dias, onde a chuva não sabe se quer ficar ou partir de vez, encontrava numa das carruagens Luísa, com os seus cabelos loiros apanhados num carapito de forma a não ficarem encharcados em água, lia silenciosamente um livro de capa verde azeitona que as letras sobresaiam em amarelo fosco, mas não conseguia le-lo do local que me sentava, estava no mundo que o autor criara para ela, tudo o resto era inexistente.
Por sua vez, Ricardo, seguia só no ultimo banco da carruagem, com o seu record na mão, lendo algum apontamento sobre o jogo de Domingo, em que o Benfica, clube de sua eleiçºao tinha feito um daqueles jogos que não se esquecem, tinha cabelo escuro, negro mesmo como o carvão, uns olhos intensos, que de tão intenso que se tornava o olhar afastava os olhos de quem quer que fosse dos seus labios vermelhos carnudos, era um homem masculo, uma figura que poderiamos ver em Milão, ou numa passerelle em Italia, era mais que perfeito, como diria uma amiga minha um Adonis, do qual nada era exagerado, mais belo que qualquer homem que tivesse visto, marcava presença, e mesmo assim continuava um homem humilde.
Reparava como ambos não se tinham ainda visto, nem cruzado, pelo menos que eu desse conta, reparava também que ao olha-los uma imagem se criava, um dia as suas vidas iriam ter que se cruzar, um dia que poderia ser hoje, ou no dia seguinte, mas que de certo se cruzariam, uma vez que ambos tinham algo a conhecer e descobrir, estavam ali nãp por mero acaso mas para serem algo na vida um do outro, o que só a vida lhes mostraria...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Enquanto te sonhava

enquanto te sonhava, o dia trazia a chuva e a madrugada, levando o teu sonho para longe...

EXTREME-MINDS UM NOME A RETER

EXTREME-MINDS

GRUPO EM PROL DA ARTE, UMA MANIFESTAÇÃO EM GRUPO EM DEFESA DE TUDO AQUILO QUE VIBRA E VIVE DE ARTE
DA HARMONIA DA CRIAÇÃO COM O TALENTO DE QUEM PRODUZ O RESPECTIVO TRABALHO.

AOS QUE AMAM:
- LITERATURA
- FOTOGRAFIA
- ARTES PLASTICAS
- MODA
- MÚSICA
- ENTRE TANTAS OUTRAS FORMAS DE EXPRESSÃO ATRAVÉS DE UNIDADES LIGADAS AO QUE A NOSSA MENTE E CORPO POSSAM PRODUZIR, VISITEM E REVEJAM-SE NO NOVO GRUPO QUE QUER E VEM PARA ABANAR MENTALIDADES CONCEITOS ORDENS E TUDO AQUILO QUE POR VEZES NOS PRENDE A IMAGINACAO E A CAPACIDADE DE IR MAIS ALÉM...

EXTREME MINDS

EM MYSPACE
EM HI5
EM SITE

WWW.EXT-MINDS.COM

terça-feira, 8 de setembro de 2009

...

Numa discussão cada ego tira o seu partido, independentemente de tudo o resto...

Não há verdades absolutas, todas partem de principios distintos...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Deixado ao acaso




Já não sorria, apenas olhava o chão sujo, por onde os seus pés passavam, pisando, pastilhas esmagadas pelos múltiplos pés que por elas iam impregnando mais um pouco de uma história de solva de sapato; papeis embrulhados por mãos mais ou menos usadas pelo tempo; bilhetes de lotaria sem prémio que um jogador mais frustrado deitara fora; pedras de calçada que escondiam tesouros entre cada uma das fendas que existiam pela rua estreita e velha.
Alguém perguntara quantos DNA's haviam por ali espalhados, alguém pergunta quantos pedaços de nós mesmos deixamos ao acaso, por essas ruas do planeta, imprimindo dados biológicos por todos os cantos de um Mundo. E nunca paramos para pensar no perigo que tal informação possa ter, nem na probabilidade de estarmos sem estar em algum sitio, seja ele qual for.
Um dia também ele, João, tinha estado num sitio, sem nunca ter estado; e por esse mesmo motivo, hoje deambulava à procura de si mesmo, de uma esperança, de alguém que lhe disse-se não estás louco ou demente, que afinal ouvia um erro de perícia, que afinal estava onde realmente dizia estar e não onde todas as provas indicam a sua presença... Mas isso não acontecia, parecia que nunca iria acontecer, por mais que andasse pelas ruas, à procura de algo que pensara perder, nas mesmas ruas que alguém dissera vê-lo, onde provas indicavam tal presença, mas onde o mesmo nunca tinha estado, a não ser cinco anos depois de ser acusado de fruto, depois de ter passado três anos numa prisão, onde ninguém se dignara ir vê-lo, nem levar um maço de cigarros, nada, todos se tinham voltado de costas, fingindo não saber seu nome, era ninguém.

Photos By Confessions


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Teatro Chapito



Na ponta da navalha, ou da saudade, anda por aqui uma saudade enorme de Teatro, de espectáculo, de criação...

Teatro Chapito, que sempre nos habitua com espectaculos diversificados: fazendo-nos descer ao tempo em que com berlindes, bonecas brincavamos e sonhavamos tornar o Mundo num sitio mais agradavel para viver; ao mistico, ao musical, dramatico, tenebroso, e tantas outras formas de nos espantar a alma e fazer exclamar uma admiração mais que requintada...
Neste momento, vejo que o mesmo teatro está no palco do CCC (Caldas da Rainha) com um projecto dedicado às crianças, onde o sonho, a realidade, a vida, a imaginação não faltam. Onde movimentos, gestos, sons, cores dão cor e vida a uma obra de arte... AGORA EU ERA...

http://companhia.chapito.org

Uma Paixão Antiga



Uma paixão antiga que ganha vida nas minhas mãos.
Adoro pintar, juntar cores, tintas, deslizar os dedos e marcar uma tela com o que seja a minha criação de momento.
Adoro música, e secretamente criar sons meus, e meus unicamente...
Adoro, dançar sem que ninguém me veja, e fazer os maiores disparates escondida do Mundo...
Escrever, liberta-me, sempre o fez...
A fotografia, de tempo a tempo vinha ter comigo, mas não perdia muito tempo, talvez porque as máquinas não me permitiam o que estas digitais deixam manobrar, talvez porque gastava muitos rolos, sem atingir o que queria, enfim.
Hoje aos poucos divirto-me com máquinas que fazem projecções do que for, do que seja, de quem for, e como esteja...