sábado, 25 de junho de 2011

Escrita em sombras

Vagueava sobre uma tela
a tua pele recebia a tinta
o traço deixava o rasto do sensível
uma escrita silenciosa entre o canto das unhas e a tua pele
traçadas as linhas invisíveis
ficavas prepetuamente ali,
com a esperança no olhar, o lábio cruzando-se num sorriso
uns dentes afiados para morder outra vida
desapareciam as linhas que nunca foram senão marcas de unhas na pele
ficava o toque e o seu quente ardor
envolviam-se em sombras
e o tecto ficava repleto de figuras orgânicas sem necessariamente serem um eu ou um tu
eram linhas desta feita linhas de sombras
que preenchiam o som da noite, da tarde ou de uma madrugada
escreviam-se poemas em símbolos próprios
onde só os dois liam...
era a escrita mais longe das noites e dos dias...

The Maccabees - First Love

terça-feira, 7 de junho de 2011

O marco que nos deixam...

Para relembrar, para guardar, para nos deixarmos levar...

Obrigada Chaplin onde quer que estejas a rir...
http://youtu.be/5r5nVPoppWc

sexta-feira, 3 de junho de 2011

...

Onde agarrar o âmago?
Na ferida já sarada pelo passar da eternidade,
naquela forma meio disforme de estender o braço ao acaso,
levando o ar dentro dele...
Onde carregar no botão da esperança,
se o elevador já segue caminho,
por onde subimos nós?
Descalços de sentimento, de alento, de um fôlego já ausente de sede...
Por onde se desce, por onde se sobe?
Se o horizonte é tudo mais que o nada...
Agarras ao tudo, que no fundo nada te é,
e desces, desces, mas como sobes depois de tanta queda sem chão?

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ultimas ou primeiras

Hoje a noite foi de arromba de boa...
Speackeasy com comedia... Muito bons...


Mas o dia prendeu-se com: "MAS AFINAL QUEM FODEU O PEPINO?"

terça-feira, 24 de maio de 2011

DO NADA

ASSIM O NADA SABE BEM O TEU SABOR NOS MEUS LÁBIOS
SABE BEM ESSA CARICIA ROUBADA NUM RESPIRAR
ASSIM SEM SABER DE ONDE CAI O BEIJO CAIS EM MIM
DO NADA CAIS EM MIM
ASSIM COMO SE NADA DEMAIS FOSSEM TEUS ABRAÇOS
CAIS EM MIM
DO NADA CAIS EM MIM
DO NADA CAIS EM MIM
ASSIM DO NADA O TEU BEIJO CAI EM MIM
O TEU TOQUE CAI EM MIM
DO NADA CRESCES
DENTRO
CAIS EM MIM
CÁ DENTRO NASCES EM MIM
ASSIM DO NADA BEIJAS A BOCA QUE TE AMA
E CAIS ASSIM DO NADA AMAS ASSIM DO NADA...

terça-feira, 17 de maio de 2011

ama

No canto guardado em ti, ama
Ama, uma vez que seja
Na vida, ama
Pois só assim valerá a viagem
Ama, por um dia que seja...
Pois só assim funciona uma vida.
Ama

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Sei que ainda estás

Sei que ainda estás, e no entanto a tua perda foi tudo, sei que ainda amparas cada mágoa, mas ainda assim não te vejo.Sei que cada passo meu estás lá, em minha a tua presença, sei que tudo foi uma lição inacabada.Sei que me olhas, sempre na distância (nossa) e ainda assim amo-te nessa tua aussência.Sinto-te cada vez mais e amo-te a cada sentir meu de ti.Quem me dera sentir-te uma e outra vez em torno de mim.Obrigada...





Ps: nunca a morte separa o AMOR.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Furiosamente

Furiosamente

Quero-te, à chegada de todas as madrugadas pela janela a dentro.
Sem demoras de uma noite prolongada.
É o tic-tac do relógio e a porta a ranger, e o teu eu a chegar.
Furiosamente, esperando impaciente a tua presença.
Quero-te, daquela forma meio selvagem, que nos arranca a capa da vida.
Da forma mais violentamente perfeita.
Assim sendo, chega, chega o mais depressa que possam tuas pernas...
Quero-te, depois de mais um dia cansativo de trabalho, da correria da vida, mesmo assim quero-te.
Exactamente da mesma forma como te queria num outro dia passado.
Furiosamente, cada pedaço de pele, cada gota do teu orvalho, cada palavra bebida em ti, assim sendo, quero-te hoje bem mais do que em qualquer outro dia.










Procura-se a existência, o acordar de um sono profundo no ser. Busca-se a vida ali, algures, por ali ainda e ainda algures.
A chama que deve vibrar por dentro, por vezes apaga, ou mantem-se matreiramente escondida por entre tudo o que somos.
A vida procura a vida e a mesma procura-se a si, sem saber a mesma que se procura apenas a si.
Acha-te óh Vida!

domingo, 1 de maio de 2011

Traça

A distância entre nós...
Não é física. Não se trata de uma distância real, não se sabe ao certo que distância temos nós um do outro. Sabemos que um faz um gesto puro e o outro responde. Sabemos que um faz o sexo o outro o amor. Mas não são distâncias as físicas mas as outras que nos afastam, as outras, as sem nome de algo, sem vivência, sem sonho, são essas as que nos afastam. As intimas e nossas, de um e do outro.
Não é a distancia que nos afasta. É o medo da traça.

The National








Inside my head... all i can remember is ... void...