segunda-feira, 11 de maio de 2009
O Nó
Trazes em ti o nó
que te afaga a voz
te maltrata o espirito
que te cega a vida
e te cria o atrito
se tentas,
fa-lo da forma mais simplificada
destrocida, desprovida,
repetida, desolada,
repetes-te nas sombras
para deixares ao acaso o sabor
trazes em ti um nó
do tamanho do sentir
que te foge
que te poderia afagar
mas que por medo recolhes
se tentasses,
a cada dia um pouco mais de ti
darias os mundos
que em ti nascem
e morrem na esperança de uma tentativa
trazes os nós
que te ensinaram
disfarças
rodeias
ultrapassas qualquer visa ou credito
e...
partes com o mesmo sentido
do vazio
trazem sempre nós
correntes
que de uma forma ou de outra
nao se separam
como um cordao umbilical que se liga ao fracaso
da tentativa
trazem mais do que gravatas
mais do que um colar
mais do que um esgar
trazem uma asfixia
uma sublime forma de calar
qualquer tentativa
trazem por aí
por todo o lado
vendas, mordaças, esconderijos
para apenas se afastarem de tudo
mas o mais nitido é
distanciar de qualquer tipo de afecto
e somos tantos a caminhar
sem sentido
onde estão as tessouras?
onde estão as chaves?
onde está a liberdade de amar sem medo?
sem nó...
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Entre linhas, piscadelas nocturnas ao conhecimento... Como é belo o ser diferente dos banais, triste a curva da vida que acaba tão cedo....
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