quarta-feira, 15 de julho de 2009
Sou um novelo sem ponta
Não tenho ponta,
procuro achar um fio
que seja que me leve a algum lugar
mas estou sem ponta
sou aquele pedaço de força menor
que se apaga no tempo
e receia tudo o que existe
aquele pedaço de arte que se atira às paredes
esperando a quebra
sou um novelo
com o qual o Mundo brinca
e não tenho ponta
tempo levantar o chão que piso
e onde por vezes me encontro
sou um mero peão no jogo dos Deuses
e sou tão pouco o nada
trago a estrela
e de que me vale uma estrela
se a sina está tão falhada
sou um mero nó sem pontas ou meadas
e sou eu, perdida num campo de vida que nada me diz
a não ser deixa-te ficar abandonada
sou triste, feia, diferente,
redonda, louca, perdida,
e nunca amada,
sou o tal novelo de gente que não encontra meada
parada, apenas só
insegura e falhada
quisera eu ser... tudo o que sonhei
e seria tudo o que Deus quis,
quisera eu poder sonhar em ser
e seria algo diferente deste MIM...
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Entre linhas, piscadelas nocturnas ao conhecimento... Como é belo o ser diferente dos banais, triste a curva da vida que acaba tão cedo....
Olá Cátia
ResponderEliminarPassei só para saber se está tudo bem contigo. Faz uma semana (mais ou menos) que não escrevo nada. Mas entro quase todos os dias no teu blog!!
Acabo de chegar da tua zona. Fui jantar a Cascais e depois, claro, fui comer um gelado ao Santini.
Continuo a gostar dos teus textos. Tens mesmo veia para a escrita. Hummm...começo a achar que, afinal, és capaz de ser uma poetisa profissional. :)
Mto obrigado pela tua sensibilidade!
Eu volto...
Bjos
Pedro