terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Pequeno Conto Infantil: Para Gui...


Estória do menino do mar...




Era uma vez…
A estória que vos venho contar, fala de um menino que vivia no mar!
Chamava-se Neo.
Era diferente de todos os outros meninos, pois tinha como seu pai, Júpiter e sua mãe era a Lua, todos os dias o menino brincava, corria, apanhava conchas, coloria o seu corpo com algas, rebulava na areia, fazia castelos bem perto da água do mar, e tornava a faze-los.
Certo dia quando Neo ouvia as conchas do mar, encostando-as ao seu ouvido uma a uma e escutava a melodia que delas vinha, todas cantavam igual, diziam o mesmo, “shhhhhhhh” como as ondas na areia, até que viu uma concha toda ela vermelha brilhante diferente das outras, pegou nela, encostou-a ao ouvido e “shhhhhhhhhhh” até que ouviu “nas ondas do mar brincas feliz... nas ondas do mar sonhas... nas ondas do mar és criança... nas ondas da vida tens direitos... o de teres direito à vida... e... de seres feliz... nas ondas do mar brincas...”
Neo, ficou a ouvir a música até adormecer.
Na manhã seguinte Neo acordou com um sorriso, tinha junto a si a concha vermelha, que lhe cantara toda a noite, os direitos das crianças...
Para não se esquecer deles gravou-os numa rocha onde o mar não chegava:
- tenho direito a brincar (agora que sou pequeno);
- tenho direito de sonhar;
- tenho direito a ver o Mundo com os meus olhos;
- tenho direito de ser ingenuo;
- tenho direito de errar;
- tenho direito de não ter consciência dos meus erros, pois ainda sou criança;
- tenho direito a confiar nas pessoas;
- tenho direito a ir para a escola;
- tenho direito a ser protegido pelos adultos;
- tenho direito a não passar fome;
- tenho direito de ser tratado com respeito apesar de ser pequeno;
- tenho direito a ser feliz;
Este conto existe apenas na imaginação de uma criança, porém mesmo sem rocha ou concha todas as crianças têm o direito de existir na sua essencia, sem medos, receios, limitações de sonhar e de serem felizes.
Quando somos crianças tudo isto sabemos. Depois em adultos por vezes esquecemos...
Vamos tentar dar às crianças a oportunidade de serem quem querem ser.
CR. 2008

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