sábado, 28 de fevereiro de 2009

A incapacidade de amar mais longe...


Ao que chamamos amor, será?


Correm nos lábios palavras, que apenas soam bem, actos que apenas se repetem por norma, mas isso será amor, ou mais uma obrigação a qual nós nos propomos fazer sempre que assim manda a tradição, a futilidade, etc...
Quantos ramos de rosas vermelhas são dados sem qualquer sinal de valor, apenas porque o dia 14 de Fevereiro marca a data correcta para tal prenda, ou uma prenda que se dá porque o outro irá dar, afinal são 2 meses de namoro, de conhecimento, do que quer que seja. Quantos casais vivem sem se conhecer, ou interessar pelo mundo do outro?
Ou olho e vejo muitos milhares deles perdidos, numa hipotética relação que nada tem. Sim no final do dia, estão ambos lá, nao em espirito, mas ambos lá entre os lençois muitos virados para cada lado, sem haver sequer tempo para um beijo de boas noites, ou então é dado o beijo à presa, como se a almofada tivesse hora certa de deposito de cabeça.
Constantemente oiço alguém dizer a palavra Amor, e deparo-me com algo que a mim me é estranho.
Então chamo amor à mesma pessoa que traiu?
Chamo amor, àquele ser que de vez enquando beijo?
Falo em amor, quando apenas me serve de objecto?
Por vezes é amor a habituação de ter alguém, mas se desse trocava tal amor por outro amor...

Então tudo isto é amor?


NÂO.
Não acredito em tais relações, digam-me lá o que disserem. Se amas, não colocas sequer na mente coisas como: traição, ego, ciume, o eu, etc...
Aceitas partilhar algo, aceitas os defeitos e vives com eles, queres saber quem é o ser ao teu lado, e em que se transforma no decorrer dos dias, queres ter o teu espaço e dar espaço ao outro, queres ser um tudo, e que o outro o seja para ti, não colocas sequer a hipotese de um outro na tua vida, porque já tens tudo ali.
Amor não é apenas uma palavra bonita para embelezar uns lábios secos, serve para algo mais.
Tenho pena que hoje não se saiba o que é.
Também confesso não saber ao certo se sei o que é, ou se estou certa na forma de o ver, sei porém que já AMEI, com tudo o que é bom no amar e tudo o que é mau também, e depois no final apesar de tudo o luto que esse amar devolveu ao meu ser, não o trocaria por nada no Mundo, porque foi exactamente esse que me matou por dentro, que também me ensinou a decifrar o segredo.

Não brinquem ao amar sem saber... Rendam-se a beleza de conhecer e respeitar.

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